Lulista se entrega à Polícia e alega ter agido em legítima defesa
Identificado como autor de um assassinato motivado por uma suposta divergência política em Jaciara, Edno de Abadia Borges se entregou à Polícia no final da tarde de terça-feira (21), mas negou que agiu devido à divergência ideológica e alegou legítima defesa.
No interrogatório ele negou que teria tido motivação política, falou que não teria nenhuma relação com a divergência de opiniões
Valter Fernando da Silva, de 36 anos, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, morreu a tiros na noite de domingo (19) com duas perfurações de arma de fogo no abdômen. O suspeito seria apoiador do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o delegado José Ramon Leite, que está à frente do caso, a versão é “totalmente contraditória quando comparada à versão das demais testemunhas e ao próprio cenário do crime”.
A Polícia, conforme o delegado, estava com as investigações avançadas e muito perto de chegar ao paradeiro do suspeito.
“Como tinha um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele, nós demos cumprimento desse mandado e ele deve passar por audiência de custódia ainda hoje e vai ser encaminhado na sequência à cadeia pública de Jaciara”, explicou o delegado.
Versão do autor
“Ele foi interrogado e entregou a arma do crime. No interrogatório ele negou que teria tido motivação política, falou que não teria nenhuma relação com a divergência de opiniões”, afirmou Leite.
A versão apresentada por Edno é a de que agiu em legítima defesa após ter sido ameaçado e xingado pela vítima.
“Basicamente alegou que teria agido em legítima defesa e, que antes disso, teria sido xingado pela vítima quando estava saindo do bar e que ele iria furá-lo”, explicou.
Apesar de alegar que a vítima o ameaçou, Valter não teria mostrado nenhum objeto cortante.
“Só que a vítima não estava com faca e em momento algum sacou uma. Ele [Edno] não viu a vitima com nenhum instrumento cortante, apenas falou que poderia furá-lo”.
De acordo com o relato do autor, a vítima o provocou até eles chegarem na porta da caminhonete. Nesse momento, Edno afirmou que teve a sua camiseta puxada, abriu a porta do seu veículo, pegou a arma que estava em baixo da porta do motorista e efetuou os disparos.
O caso segue sendo investigado pela Polícia.