O que esperar das contratações em 2023?

As eleições passaram, o Hexa não veio, já se foi o carnaval e, oficialmente, os bônus e participação dos lucros de 2022 foram anunciados. Segundo Marcelo Arone, headhunter e especialista em empresas que passam por processo de transformação e profissionalização, chegou a vez da racionalidade. Contratações devem ser feitas com critério e devem ter como contrapartida muito mais do que um salário atraente.

No Brasil, o ano parece começar mesmo depois do carnaval, quando as empresas liberam seus bônus e participações e os lucros são anunciados. Segundo Marcelo Arone, que há 14 anos atua com recrutamento e seleção pra alta liderança, C-Level e Conselhos, entre as tendências que o mercado de trabalho reserva em 2023 para líderes, gestores e empresas está o uso do critério ainda mais apurado e a oferta de qualidade de vida, uma necessidade que se tornou extremamente evidente depois da pandemia.

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Para quem está buscando uma vaga ou recolocação, Marcelo lembra: “algum diferencial, você precisa mostrar, seja qual for. Pode ser técnico, acadêmico, uma certificação que nem todos conseguem, uma experiência acima da média ou também uma habilidade humana, pessoal e comportamental que lhe destaque (soft skills). Ser um ativo de destaque terá ainda mais valor em 2023”.

Do lado das empresas, o foco está em contratar craques para o time: “simples assim. Substituições pontuais que gerem valor de fato ou que subam o nível de senioridade e experiência das áreas. Aquele (a) profissional que chega e resolve. Não se tem muito mais tempo. Ao contrário do que aconteceu desde 2020, quando havia um prazo maior para integrar a equipe, conhecer a cultura da companhia e se adaptar ao modelo de trabalho, hoje, a ‘curva de aprendizado’ está mais pra ‘linha pra cima’. Agilidade é a palavra da vez”, enfatiza Arone.

Ele enumera algumas características de 2023:
1. Menos contratações, porém estratégicas;
2. Foco em engajamento;
3. Busca de segurança;
4. Pessoas ainda são o ativo mais importante das empresas;
5. Evitar entrar na onda política.

Há alguns anos, Marcelo Arone chama atenção para a necessidade de montar times fortes, contratar cada vez de forma mais estratégica e criar “jogadas” interessantes para o mercado: “se torne o craque de sua própria história profissional esse ano como dito acima. E craques nem sempre são “camisa 10”. Você pode se destacar sendo o zagueiro que segura as pontas, o meio que arma a equipe ou o ponta que desafoga a jogada e acha o gol quando tudo está marcado. 2023 será o ano de quem se encontrar no campo profissional e compreender qual a melhor camisa pra vestir”.

Marcelo Arone é headhunter e especialista em empresas que passam por processo de transformação e profissionalização. Há 14 anos atua com recrutamento e seleção pra alta liderança, C-Level e Conselhos. Em 2015 tornou-se Sócio Fundador da OPTME RH. Durante sua carreira já entrevistou mais de 10000 profissionais e contratou aproximadamente 400 pessoas pra mais de 120 clientes em diferentes segmentos.



Estadão MT