Polícia: Barbeiro preso exigiu R$ 300 mil para não explodir bomba

O barbeiro Rodrigo Machado de Oliveira, preso pela acusação de ser o autor do ataque a bomba a um supermercado de Rondonópolis, exigiu o pagamento de R$ 300 mil em moeda virtual, do tipo Bitcoin, para não realizar atentados em lojas da rede.

 

A informação consta no inquérito policial que investigou o crime, ocorrido no início do mês. 

 

Rodrigo confessou a autoria e disse que o objetivo era “causar prejuízos materiais em quem tem muito dinheiro”.

 

A rede de supermercados alvo do ataque foi a primeira que veio a mente dele, devido ao grande fluxo de pessoas. Isso lhe permitiria se camuflar entre a multidão para implantar as bombas.

 

Rodrigo alegou ter noção de manuseio de explosivos há mais de 15 anos e nesse período fabricava bombinhas caseiras.

 

A investigação mostrou que os atentados começaram a ser planejados em outubro do ano passado, com a compra de equipamentos para as bombas, escolha do alvo e planejamento operacional.

 

Nesse período ele estudou as câmeras de segurança do local e as rotas de fuga. 

 

Extorsão e ataques planejados

 

Por volta das 8h30 do dia 4 de abril, dia em que o atentado foi realizado, o serviço de atendimento ao consumidor da rede de supermercados Tropical recebeu uma ameaça por mensagens de aplicativo.

 

Nela Rodrigo se identificou como “membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”, e exigiu o pagamento dos R$ 300 mil em moeda virtual para não atacar nenhuma das lojas da rede.

 

Por volta das 18h daquele mesmo dia, após o vencimento do prazo, na unidade do Bairro Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo. Duas pessoas acabaram feridas, entre elas uma criança de 7 anos.

 

Segundo Rodrigo, ele foi de motocicleta ao supermercado e parou a aproximadamente 60 metros do local. A bomba foi acionada por controle remoto.

 

Depois do atentado, Rodrigo fez um novo contato com a empresa exigindo o pagamento do valor para não realizar um novo ataque.

 

A Polícia Civil, assim que soube das ameaças, orientou o fechamento preventivo das lojas da rede.

 

Na loja do Bairro Jardim Tropical foi encontrado outro artefato explosivo, que foi desarmado pela Gerência de Operações Especiais e Bope.

 

Esse era um artefato explosivo bem elaborado, com acionamento por mecanismo eletrônico de detonação à distância.

 

As bombas, segundo Rodrigo, foram colocadas nos supermercados na manhã do dia 31 de março.

 

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