Cidinho: Nova Rota nasce saneada e risco de quebrar é quase zero

O presidente do conselho fiscal e administrativo da concessionária Nova Rota, Cidinho Santos, afirmou que por conta da robustez financeira é praticamente nula a possiblidade da empresa “quebrar”, como ocorreu com sua antecessora, a Rota do Oeste.

 

Controlada pela MTPAR, a Nova Rota assumiu a concessão da BR-163 em Mato Grosso nesta semana.

 

“A possibilidade da empresa quebrar é praticamente zero. Se mantém os pedágios, a arrecadação, e  é só manter o trabalho com foco e seriedade que não teremos problema”, afirmou Cidinho.

 

A antiga concessão tinha uma dívida com sete bancos no montante de R$ 950 milhões. Anteriormente, a diretoria da Rota do Oeste, que tinha como sócia proprietária a empresa Odebrecht, chegou entrar em fase de devolução da concessão a União, por causa da quantidade de dívidas e da incapacidade de fazer melhorias na estrada. 

 

O Estado de Mato Grosso, então, fez uma proposta, por meio da MTPAR, e quitou todas as dívidas por R$ 446 milhões.

 

O MidiaNews questionou Cidinho sobre a possibilidade de a empresa dar prejuízo aos cofres públicos, a exemplo do que aconteceu no passado. 

 

O presidente do conselho explicou que a possibilidade é remota, pois não há dívidas anteriores a se pagar.

 

“A Rota do Oeste era uma empresa deficitária porque, tudo que ela arrecadava, ela pagava juros muito altos de dívidas com bancos. Então, tinha um custo operacional um pouco elevado. Havia multas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), e a terceirização de um corpo jurídico junto aos órgãos para não perder a concessão”, disse.

 

“Todas essas situações foram tiradas da frente. Nós não teremos essas despesas. A despesa com bancos foram quitadas integralmente”, emendou.

 

Deste modo, a atual administração trabalha com lucro anual de 40% em cima do valor cobrado pelo pedágio. Por ser uma empresa privada, gerida por um ente público, esse montante deve retornar como investimento em infraestrutura. 

 

“A arrecadação é em torno de R$ 600 milhões por ano, e as despesas na faixa de 60% disso. Assim, sobram 40% para os investimentos na rodovia e mais o aporte que o governo vai fazer de R$ 1,2 bilhão”, explicou.

 

“Se precisar de mais recursos, e vai precisar porque só o pedágio e o recurso do Governo não serão suficientes, aí sim, a nova gestão buscará recurso no BNDES ou o próprio governo pode entender por colocar mais dinheiro na companhia para poder fazer mais investimento nas duplicações”, emendou.

 

Nova Rota

 

A transferência do controle acionário da Rota do Oeste foi assinada pelo governador Mauro Mendes na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, na última quinta-feira (4).

 

No dia seguinte as primeiras ordens de serviço para recuperação dos trechos da BR foram assinadas. São eles: Rodovia dos Imigrantes, Cuiabá-Jangada, Jangada-Rosário Oeste, Nova Mutum-Lucas do Rio Verde e Lucas do Rio Verde-Sinop.

 

Nos próximos cinco anos, deverão ser investidos aproximados R$ 7,5 bilhões em recapeamento, duplicação e construção de viadutos.

 

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