Motorista se apresenta, cita erro e diz que fugiu por temer agressão

O motorista Márcio de Oliveira Ferreira, de 36 anos, que atropelou a vendedora de espetinho Janemara Pereira de Almeida, no sábado (13), em uma praça no Bairro Pedra 90, se apresentou nesta terça-feira (16), na Delegacia de Delitos de Trânsito.

 

Conforme o delegado Vinícius de Assis Nazário, o homem afirmou que o atropelamento aconteceu porque confundiu os pedais do carro automático e que fugiu por medo de ser agredido. Ele ainda negou ter ingerido bebida alcoólica no dia.

 

“O que ele justificou é que no momento que chegou na praça do [Bairro] Pedra 90, acabou colidindo o carro dele em um [Toyota] Corolla que estava estacionado. Nesse momento, ele e o motorista do Corolla começaram a discutir”, disse Vinícius em entrevista ao programa SBT Comunidade

 

“No calor da discussão, para evitar que houvesse alguma coisa a mais, ele foi sair do local. Quando foi sair, pelo veículo ser automático, acabou confundindo o freio com o acelerador e teria arrancado bruscamente em marcha ré”, acrescentou.

 

Ele alega que resolveu fugir do local para evitar que fosse agredido e teria abandonado o veículo em um posto de combustível

Ainda segundo o depoimento, Márcio não teria percebido quando atingiu Janemara. Dessa forma, quando manobrava para sair, afirmou que teria visto pessoas o xingando e se aproximando com pedras nas mãos.

 

“Foi quando ele alega que resolveu fugir do local para evitar que fosse agredido e teria abandonado o veículo em um posto de combustível no Pedra 90”, explicou o delegado.

 

Escondido em casa

 

Após isso, Márcio se escondeu na casa da filha, depois foi para a casa da mãe e por último, após contratar uma advogada ficou no local de trabalho dela.

 

“Ele disse que no dia seguinte ao acidente, pediu para um amigo descobrir quem era a vítima. Identificaram, ele fez contato e acabou transferindo R$ 2,1 mil para poder ajudar a custear alguns exames médicos e o pagamento de algumas contas”, disse o delegado.

 

Liberado

 

Márcio foi ouvido e liberado. Agora, a investigação segue em andamento. Conforme o delegado, as testemunhas do caso devem ser ouvidas para esclarecer os fatos da ocorrência.

 

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