Sargento que fuzilou PMs teve a prisão convertida em preventiva
O sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, de 53 anos, que matou dois colegas de trabalho a tiros de fuzil na segunda-feira (15), em Salto, interior de São Paulo, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Ele passou por audiência de custódia às 14h, nesta sexta-feira (19), de acordo com o TJM-SP (Tribunal de Justiça Militar de São Paulo).
O juiz José Álvaro Machado Marques, da 4ª Auditoria Militar, justificou a decisão a partir do artigo 255 do Código Penal Militar, a partir dos seguintes critérios: garantia de ordem pública, periculosidade do indiciado, segurança da aplicação da lei penal militar e exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militar.
A audiência de custódia deveria ter sido realizada na terça-feira (16), porém o sargento passou mal e precisou ser ser hospitalizado. Segundo o TJM-SP, ele só foi liberado na noite desta quinta-feira (18). Atualmente, ele está detido no Presídio Romão Gomes, exclusivo para policiais militares.
Até a publicação, a reportagem não conseguiu entrar em contato com o advogado de defesa Rogério Augusto Dini Duart.
Relembre o crime
Na segunda-feira, Gouveia invadiu a 3ª Companhia do 50º Batalhão do Interior e atirou contra o capitão Josias Justi de Conceição Júnior e o sargento Roberto Aparecido da Silva. O atirador tinha problemas com a nova escala de plantão.
De acordo com a esposa de Gouveia, o marido também teve a arma apreendida pelo capitão, dois dias antes do duplo homicídio, sem nenhuma explicação.
O atirador era conhecido por ser um policial “gentil”, “de família” e “um exemplo de cidadão”. É o que mostram alguns dos comentários do vídeo Enquadros Mais Gentis do Brasil, do canal Bold Crazy, com mais de 949 mil visualizações no YouTube, 28 mil curtidas e centenas de comentários sobre a conduta de agentes da polícia filmados durante abordagens.