Contrato assinado por tripulantes isenta OceanGate de acidente

Um documento de ‘isenção de responsabilidade’ obtido pelo portal norte-americano TMZ aponta que a empresa de turismo subaquático OceanGate não se responsabiliza pelo acidente ocorrido com as cinco pessoas nesta semana (veja abaixo).

Segundo o contrato obtivo pelo TMZ, ao entrar na viagem que ia até os destroços do Titanic e que dura em torno de oito dias, os tripulantes precisaram assinar o termo: “Eu, ___________________ reconheço que me inscrevi voluntariamente para participar de uma operação submersível organizada pela OceanGate Expeditions”.

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O g1 entrou em contato com a OceanGate para confirmar se os viajantes mortos assinaram o termo, mas empresa não havia respondido até a atualização desta notícia.

Outra parte do documento diz que “uma parte da operação será realizada dentro de um submersível experimental. A embarcação não foi aprovada ou certificada por qualquer órgão regulador e pode ser construído com materiais que não foram amplamente usados em submersíveis ocupados por humanos”.

“Ao mergulhar abaixo da superfície do oceano, esta embarcação estará sujeita a condições extremas pressão, e qualquer falha da embarcação enquanto eu estiver a bordo pode causar ferimentos graves ou morte”.

O documento diz ainda que “a operação ocorrerá em grande parte a uma grande distância do hospital mais próximo ou pessoal de resgate. Se eu for ferido durante a operação, posso não receber atenção médica imediata”.

Antes de assinar o documento, a OceanGate também diz que “por meio deste (contrato), assumo total responsabilidade pelo risco de lesões corporais, invalidez, morte e danos à propriedade devido à negligência de qualquer parte enquanto acontece a expedição.”

Acidente do submarino

A empresa OceanGate confirmou na quinta-feira (22) que os cinco tripulantes do submarino morreram. O submersível sumiu no domingo (18) e, de acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, o veículo implodiu.

A implosão foi confirmada porque os destroços que foram achados mostram que a cabine que protegia as pessoas da pressão do mar foi perdida. Ainda não se sabe em qual momento e por qual motivo a embarcação implodiu.

Foram encontrados um cone que ia na frente do submarino, além de um pedaço da parte da frente e outro da parte de trás da cabine de pressão.

As peças foram encontradas a cerca de 500 metros dos destroços do Titanic e estavam a uma profundidade de cerca de 4.000 metros.

Estadão Mato Grosso