Família de homem arremessado pede R$ 117 mil de indenização
O autônomo Paulo Henrique Rodrigues Fernandes, que ficou ferido após ser arremessado de um brinquedo no Ita Park em abril deste ano, entrou com processo por danos morais e estéticos contra o parque e o Pantanal Shopping pedindo R$ 117,8 mil de indenização.
O parque não possuía equipe médica, enfermeiros ou ambulância disponíveis no local
O documento, que foi protocolado na semana passada pelo advogado Herbert Thomann, também abrange a esposa de Paulo, Natália da Silva Neves, e os dois filhos do casal.
Conforme o pedido, a defesa alega que Paulo Henrique deve receber R$ 50 mil por dano moral e R$ 15 mil por dano estético, além de R$ 7,8 mil pelos 90 dias que precisou ficar afastado do seu trabalho.
Já para a esposa e filhos, o advogado pede R$ 45 mil, sendo R$ 15 mil para cada, alegando dano moral por reflexo, “quando uma pessoa próxima ao ofendido sofre também os reflexos negativos do ato ilícito”.
“Natalia, P. e J. ficaram com muito medo, pois, ficaram na iminência de serem arremessados para fora do carrinho também, pois […] Como esta trava quebrou e arremessou Paulo, poderia, de igual modo, arremessar os outros três para fora do carrinho”, consta na ação.
De acordo com o advogado, após o acidente o parque não prestou nenhum auxílio à família. Já o Pantanal Shopping restituiu apenas as despesas médicas.
O caso
O acidente aconteceu no dia 15 de abril, quando Paulo e sua família foram ao Ita Park, na época em funcionamento no estacionamento do shopping.
Após entrar na atração “Music Express”, a vítima foi arremessada para fora do brinquedo, que, segundo processo, estaria com a trava de segurança quebrada e amarrada com um elástico.
O acidente deixou Paulo com diversos ferimentos nas costas, pernas e cabeça e uma fratura no braço esquerdo. Apesar da gravidade das lesões, a vítima teve que aguardar cerca de 40 minutos para ser socorrida por falta de suporte médico, consta na ação.
“Após ser arremessado e cair no chão com ferimentos graves, Paulo buscou assistência médica no parque. No entanto, para sua surpresa, o parque não possuía equipe médica, enfermeiros ou ambulância disponíveis no local”.
“A equipe de bombeiros civis do Pantanal Shopping foi chamada para auxiliar Paulo, realizando a imobilização, porém, eles não dispunham dos materiais necessários para prestar os primeiros socorros adequados”.
“O Samu foi acionado pela equipe do parque, entretanto não atendeu a ocorrência. Foi acionado a equipe de socorro Help Vida, mas infelizmente a ambulância demorou 40 minutos para chegar ao local do incidente”.
Depois de ser socorrido, Paulo foi encaminhado a um hospital, onde passou por uma cirurgia no braço fraturado.
Na época, a assessoria do Pantanal Shopping divulgou uma nota em que afirmou ter prestado “todo suporte necessário”.
“O empreendimento reforça que segue em contato com o cliente e com o operador do Ita Park, com o objetivo de oferecer apoio e garantir toda segurança necessária para quem circulam diariamente nas operações do empreendimento”, disse em trecho da nota.
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