Júlio chama União de sem-vergonha por integrar base de Lula
O deputado estadual Julio Campos aumentou o tom e classificou como “sem-vergonhice” a relação do União Brasil, partido ao qual é filiado, com o Governo Lula (PT).
Parte da sigla se posicionou favorável à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contra Lula, no pleito passado. No entanto, por conta das articulações políticas, ocupa hoje três ministérios no governo petista.
“O União Brasil não devia fazer parte do Governo. É muita sem-vergonhice, porque 90% do partido votou em Bolsonaro, apoiou Bolsonaro e agora faz parte do Governo Lula. Se eu estivesse em Brasília seria um crítico radical dessa posição”, afirmou.
O União Brasil tem pressionado o Palácio do Planalto pela troca da ministra do Turismo Daniela Carneiro (União). Deputada federal licenciada, ela foi indicada pela sigla ao cargo, mas pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início deste ano para se desfilar por supostas “pressões” internas.
O União Brasil não devia fazer parte do Governo. É muita sem-vergonhice, porque 90% do partido votou em Bolsonaro
Parlamentares falam até em debandada para a oposição na Câmara, caso o ministério não seja ocupado por outro nome do União.
Demissão de ministros
Júlio, que já atuou no Congresso como deputado federal e senador, criticou a pressão. Para ele, é caso de “demissão”.
“Já que foi para o Governo, então, que assuma a sua governabilidade, que vote integral, se não votar, tem que demitir ministros mesmo. O que ficou comprometido? Você [Lula] me dá três ministérios: comunicação, turismo e integração, e nós apoiamos o seu Governo. E ele deu”, disse Julio.
“Ou está comigo ou está contra mim. Meio termo não pode ficar. Demita os ministros sem-vergonha do União Brasil. […] É o mesmo que eu ser ministro de Lula, e meu partido não apoiar Lula. Ah, tomar no…”, desabafou.
O movimento dos parlamentares federais em Brasília também foi criticado pelo governador Mauro Mendes, que é presidente do União Brasil em Mato Grosso.
Troca em Ministério
A imprensa nacional noticia que Daniela deve continuar no cargo até está quinta-feira (15). A pressão é para que o ministério seja ocupada pelo deputado federal do Pará, Celso Sabino (União).
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