“Não tenho pai governador, tio prefeito; tenho o meu nome”

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) admitiu pela primeira vez que está atuando junto à população para viabilizar seu nome como candidato a prefeito de Cuiabá no ano que vem.

 

Ele, contudo, disse que não está sozinho nas tratativas. Botelho citou que seus atuais adversários e postulantes à vaga – os deputados Fábio Garcia (União), Abílio Brunini (PL), o vice-prefeito José Roberto Stopa e o ex-deputado estadual Ulysses Moraes (PTB) – também já estão se articulando para vaga.

 

“Para você ser prefeito você tem que ter apoio popular. Quem vai colocar quem sentará no Alencastro é o povo. Então tem que partir do povo. E eu estou fazendo isso [articulando com a população]”, disse Botelho à rádio Vila Real.

 

Na entrevista, Botelho aproveitou para alfinetar os eventuais adversários. 

 

“Fábio está acompanhando o governador em ‘tudo’ onde ele vai. Eu estou indo sozinho, porque tenho meu povo. Eu conheço as pessoas de Cuiabá, os líderes, os bairros, o povão. Eu tenho essa condição de chegar na casa do povo e tenho feito isso”, disse.

 

“E o Abílio está fazendo o que ele sabe fazer que é pegar o celular e ficar fazendo aqueles ‘negócios’. O Stopa também está fazendo o trabalho dele, e o Ulysses está fazendo o que ele sabe fazer, que é usar as redes sociais”, completou.

 

Ele relembrou sua história como professor e funcionário público da extinta Cemat, e disse ter “nome” e “história” que o credenciam a ser chefe do Alecastro.

 

“Eu estou trabalhando e tenho fé. Acho que é justo o Fábio ser prefeito. Ele tem a família dele, o avô foi governador, tem um tio que foi prefeito de Cuiabá, ele tem essa condição [para ser prefeito]”, disse.

 

“Agora, eu também tenho condições. E a minha é uma condição de rua de Cuiabá. Eu não tenho pai governador, tio prefeito, não tenho nada. Só o meu nome e a minha história, para chegar até a presidência da Assembleia e com condições de chegar até a ser prefeito de Cuiabá”, completou. 

 

Definição no União

 

Botelho trava uma disputa interna com Fábio Garcia para saber quem será o nome do União Brasil a concorrer a vaga e ter o apoio do governador Mauro Mendes. 

 

A definição, no entanto, ficará para o ano que vem. “Essas discussões vão ficar pro ano que vem. Os partidos vão se definir e quem realmente vai decidir é o povo”, disse. 

 

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