Pessoas que sofrem de enxaqueca correm maior risco de ter derrame antes dos 60 anos

Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Aarthus, na Dinamarca, revelou que homens e mulheres que sofrem de enxaqueca correm um risco maior de ter um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico, também conhecido popularmente como derrame, antes dos 60 anos.

O artigo, publicado nesta terça-feira (13) na revista científica PLOS Medicine, mostra ainda que as mulheres, especificamente, que convivem com crises de enxaqueca ainda correm maior risco de infartar e de sofrer um AVC hemorrágico, o tipo mais perigoso, em que há ruptura de uma artéria no cérebro — no isquêmico, existe uma obstrução do vaso sanguíneo.

O estudo analisou registros médicos dinamarqueses de 1996 a 2018 e identificou homens e mulheres com enxaqueca com base em seus registros de medicamentos prescritos. Os pesquisadores advertem que é crucial identificar as pessoas com maior risco para facilitar a terapia preventiva direcionada, já que ataques cardíacos e derrames podem levar a incapacidades permanentes ou até à morte.

De maneira geral, os resultados revelam que as mulheres são mais impactadas pela enxaqueca, especialmente devido ao fato de a condição ser predominantemente diagnosticada nelas.

A autora do estudo, Cecilia Hvitfeldt Fuglsang, chama atenção para o fato de infartos e derrames causarem dano permanente e até mesmo serem fatais, motivo pelo qual rastrear fatores de risco precocemente se torna fundamental.

O AVC é uma das principais causas de morte no Brasil, e a proporção de vítimas jovens tem crescido.

Os principais sintomas, segundo o Ministério da Saúde, são:

• fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;

• confusão mental;

• alteração da fala ou compreensão;

• alteração na visão (em um ou ambos os olhos);

• alteração do equilíbrio, da coordenação, tontura ou alteração no andar;

• dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Agora MT