Polícia indicia e pede prisão de motorista que atropelou motoboy
A Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) concluiu o inquérito que investigou o atropelamento e morte do motoboy Kelvin Tavares da Cruz, de 29 anos, e indiciou o motorista Mario Márcio Lemes de Oliveira Junior, de 28, por homicídio culposo qualificado. E pediu sua prisão preventiva.
Kelvin fazia a sua última entrega no dia 28 de maio, no Bairro Tijucal, quando um veículo em alta velocidade o atingiu em cheio, causando uma fratura exposta em sua perna. O motoboy chegou a mandar uma mensagem à esposa e aos amigos antes de morrer.
Mario era o motorista que estava na direção do veículo que atropelou o motoboy. Ele estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e apresentava sinais de embriaguez.
Segundo a Polícia Civil, após a apuração dos fatos, “o suspeito foi indiciado no crime de homicídio culposo na direção de veículo com a qualificadora de dirigir em estado de embriaguez”, diz trecho da nota.
Homicídio culposo ocorre quando não há a intenção de matar.
O inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário nesta terça-feira (13), com pedido de prisão preventiva do acusado.
Mario já respondeu por outra colisão com vítima fatal no ano de 2015, em Várzea Grande.
Familiares, amigos e colegas de profissão do motoboy já fizeram diversas manifestações pedindo justiça por Kelvin.
A última delas foi realizada no dia 9 de junho, junto com a paralisação nacional dos entregadores por aplicativo.
“A manifestação foi em busca de melhorias pros motoboys que trabalham por aplicativo, e também buscando justiça pelo Kelvin, para que isso não seja esquecido, não seja apagado”, disse a entregadora por aplicativo Bianca Amorim, de 26 anos, viúva de Kelvin.
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