Mendes critica pressa para votar reforma: Sem ajuste não passará
O governador Mauro Mendes (União) criticou a pressa em votar a reforma tributária e afirmou que a proposta não deve ser aprovada sem “ajustes”.
No início desta semana, presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Casa iria se esforçar para aprovar a matéria até esta sexta-feira (7). A ideia é que, pelo menos, a primeira votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) ocorra até esta data.
Com esse modelo proposto, se não houver bons e corretos ajustes, não vai passar
“Apoio os princípios de que o Brasil precisa fazer [a reforma], mas semana passada estava todo mundo de férias, uns pulando São João no nordeste, ou seja, nada funcionou em Brasília para chegar nessa semana e querer votar rapidamente algo que vai impactar na vida de todos os brasileiros”, afirmou Mendes, na terça-feira (4), em entrevista à Jovem Pan News.
Por se tratar de uma PEC, a proposta da reforma precisa passar por dois turnos de votação na Câmara dos Deputados, seguindo para o Senado na sequência. Para Mendes, a reforma tributária não deve passar.
“Com esse modelo proposto, se não houver bons e corretos ajustes, não vai passar. Acho que essa discussão precisa amadurecer um pouco mais para que nós votemos. Gostaria que votássemos uma reforma mais madura, não dá para fazer a contragosto, melhor que vá para agosto ou setembro”, disse.
O governador disse, ainda, que defende a ideia da reforma, mas acredita que, devido ao impacto que a mudança causará na vida dos brasileiros, é preciso tratar o assunto com mais responsabilidade.
Ele chegou a se encontrar em reunião com o relator da matéria, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), para pedir mudanças no texto.
Segundo Mendes, a atual proposta é capaz de trazer “grave consequências” para maior parte da população, enquanto “poucos são beneficiados”.
“Tem gente que está quietinho, porque será beneficiado. E são grandes indústrias, grandes exportadores e empresas que vão ser beneficiadas”, completou.
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