Mendes nega tática visando 2024 e diz que nomeação é técnica
O governador Mauro Mendes (União) rebateu nesta segunda-feira (10) os rumores de que nomeou o deputado federal Fábio Garcia (União) na Casa Civil como uma forma de fortalecê-lo politicamente para concorrer a prefeito de Cuiabá em 2024.
O cargo de chefe da Casa Civil ficou vago após Mauro Carvalho, antigo titular, assumir o Senado no posto de Wellington Fagundes (PL), que se ausentou para tratamento de saúde.
Garcia e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), são os nomes mais cotados para disputar a eleição de prefeito da Capital pelo partido em 2024.
Mendes ainda não declarou qual dos pré-candidatos apoiará no ano que vem, mas a nomeação de Garcia levantou rumores de que o ato seria uma forma antecipada do governador anunciar o seu favorito.
“Cada um faz a avaliação que acha natural, não posso entrar nesse mérito. Como se trata de [nomear] chefe da Casa Civil, é muito óbvio que eu escolha alguém da minha confiança. Não levei em consideração aquilo que todo mundo pensa, que seria escolher para dar projeção ao Fábio. Escolhi porque ele tem experiência técnica, política e minha confiança”.
“Tenho convicção de que o ‘Fabinho’ vai dar sequência a um trabalho exitoso que o Mauro Carvalho [ex-chefe da Casa Civil] fez ao longo desse período. [Fábio] Tem conhecimento político para fazer uma boa interface com aqueles que precisaremos”, afirmou.
Melhor em outro cargo
O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, era um dos nomes especulados para assumir a Casa Civil.
O governador, no entanto, explicou que o secretário tem sido essencial na lida com as questões da Reforma Tributário e que, por isso, prefere mantê-lo na Fazenda.
“Rogério Gallo, nesse momento, está desempenhando um papel excepcional na articulação pela Reforma Tributária. Mato Grosso não poderia abrir mão de ter um ‘goleador’ nesse momento em que o principal jogo do país é discutir a reforma”.
Mendes e Gallo viajaram a Brasília na primeira semana deste mês para defender alterações no texto da Reforma Tributária. O objetivo era de que a proposta não prejudicasse tanto economicamente Mato Grosso que, conforme a Secretaria estadual de Fazenda, sofreria uma queda de R$ 7 bilhões na arrecadação de impostos devido à extinção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
“O Gallo, lá em Brasília, no meio da conversa em diante, passava a dominar pelo conhecimento técnico, por conhecer muito a legislação e o sistema tributário”, destacou.