Meta de Mendes é criar 100 escolas militares, diz Dilmar
O governador Mauro Mendes (União) pretende, até o fim do seu mandato, em 2026, criar/transformar pelo menos 100 escolas de Mato Grosso em modelo cívico-militar. A informação é do líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), Dilmar Dal Bosco (União).
De acordo com o parlamentar, a administração militarizada tem agradado pais, alunos e a comunidade escolar. Atualmente, 26 unidades do Estado possuem integrantes da Polícia Militar ou do Bombeiros Militar no comando.
“O resultado das escolas cívico-militares em Mato Grosso é muito positivo. Então eu tenho certeza que o governador vai aumentar esse modelo em todo Estado. A intenção dele é chegar a mais de 100 escolas nesse modelo. Foi isso que ele me disse em uma conversa que nós tivemos”, revelou o parlamentar.
Caso o governo do Estado cumpra a meta, Mato Grosso deverá ter aproximadamente 1/5 de unidades desse modelo de todo o Brasil. Conforme dados do Ministério da Educação (MEC), no Brasil existem pelo menos 494 escolas cívico-militares ou militarizadas ligadas à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros. Pelo menos a metade da pretensão do governador vai sair do papel nos próximos dias. Isso porque o chefe do Executivo estadual já anunciou, conforme publicado na edição de sexta-feira (28) do Jornal A Gazeta, que vai encaminhar à Assembleia Legislativa (ALMT) um projeto de lei para criação e transformação de pelo menos mais 24 unidades no Estado.
Procuradas, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e nem a Casa Civil informaram quais escolas estaduais deixarão de ser administradas por civis para serem comandadas por militares. Em 2021, a Escola Presidente Médici passou a ser administrada por oficiais do Corpo de Bombeiros. Após a mudança, o local passou a ser chamado de Dom Pedro II Presidente Médici.
Sem apoio do governo federal
O Executivo estadual tem mantido o programa mesmo depois que o governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). O formato foi criado em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas já passou a ser criticado pelo governo Lula (PT) desde quando o petista assumiu o Palácio da Alvorada, em janeiro deste ano.