Mulher é condenada a 22 anos de prisão por contratar amante para matar marido policial
A técnica de enfermagem Tatiane Borralho de Oliveira Silva foi condenada a 22 anos de prisão, em regime inicial fechado, por mandar matar o marido, o policial militar da reserva Noel Marques da Silva.
O crime ocorreu em agosto de 2020 no Bairro Jardim Colorado, em Cuiabá.
Ela, o amante e a mãe passaram por júri popular na última sexta-feira (30). O julgamento foi conduzido pela juíza Mônica Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida, amante de Tatiane, foi condenado a 18 anos de prisão, também em regime inicial fechado.
Já a mãe dela e ex-sogra da vítima, Ana Lopes Borralho Filha de Oliveira, foi absolvida.
Tatiane e Cleyton foram presos em junho de 2021. Na sentença, a magistrada manteve a prisão dos dois.
A juíza ressaltou a forma “fria e sórdida” que Tatiane agiu ao tramar a morte do próprio marido e pai de sua filha menor.
Já com relação a Cleyton destacou que ele já responde a uma condenação de 22 anos de prisão pelo homicídio de Noel Marques da Silva Júnior, filho do policial militar. O assassinato ocorreu em março de 2021, sete meses após a morte do PM.
Morte de policial
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Tatiane Borralho de Oliveira Silva era casada com a vítima havia aproximadamente 10 anos, mas se relacionava sexualmente com outros homens, inclusive Cleyton.
Na semana anterior ao crime, o policial saiu de casa em razão dos problemas conjugais e passou a morar com o filho.
Segundo o MPE, afim de se apropriar dos bens de Noel e ainda receber pensão, Tatiane ofereceu recompensa para Cleyton matar o policial.
Consta na denúncia que na noite do crime, Cleyton juntamente com uma terceira pessoa ainda não identificada, efetuou dois disparos de arma de fogo contra Noel, no momento em que ele desceu do carro para abrir o portão da residência do filho.
Morte do filho
Sete meses depois, em março de 2021, o filho do policial, Noel Marques da Silva Júnior, foi assassinado a tiros. Segundo o MPE, o autor foi Cleyton.
O MPE diz que Cleyton cometeu o crime pelo fato de Noel Júnior ir praticamente todos os dias na Delegacia de Homicídios para saber informações sobre o homicídio do pai e auxiliar nas investigações.
Em depoimento prestado à Polícia, segundo o Ministério Público, Cleyton afirmou que também planejava matar Tatiane, já que não teria recebido a recompensa pelo crime cometido contra o PM. O crime só não teria sido consumado porque ele foi preso antes.