Polícia mira suposto esquema de seguranças e garimpeiros em MT

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação Juvenal, para cumprimento de 12 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão contra um grupo investigado por associação criminosa e furto qualificado em Vila Bela da Santíssima Trindade.

 

Foram expedidos sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, com alvos nas cidades de Pontes e Lacerda, Cáceres e Cuiabá.

 
As investigações que culminaram na operação começaram após a equipe da Delegacia de Vila Bela flagrar dois supostos seguranças transportando cerca de 200 quilos de cabos de cobre.

 

Após questioná-los, os policiais verificaram que os seguranças trabalham em uma mineradora da região, estavam de folga e teriam retornado ao local de trabalho para furtar pertences da empresa.

A equipe policial fez levantamentos preliminares para apuração do crime e os objetos recuperados foram devolvidos à empresa.

Na sequência, após essa primeira ação, a Polícia Civil passou a receber vários comunicados de infrações que eram cometidas na área da mineradora, com destaque para o furto de materiais e recebimento de valores para que garimpeiros explorassem ilegalmente a área da mina.

A investigação foi aprofundada e apurou que alguns seguranças estavam em conluio com garimpeiros para a exploração da área da mineradora.

 

De acordo com o delegado João Paulo Berté, o papel dos seguranças era permitir o ingresso dos garimpeiros na área da mineradora e avisá-los das ações da polícia e de outros seguranças que não participavam do esquema.

 

Ação contra esquema

Após as diligências e coleta de informações pela equipe policial, a Polícia Civil representou à Justiça pela prisão temporária e busca e apreensão domiciliar contra os alvos investigados. Os pedidos foram deferidos pelo juízo da comarca com parecer do Ministério Público.

 

Participaram da operação, as Delegacias de Vila Bela, Pontes e Lacerda e Jauru; Núcleo de Inteligência Regional de Pontes e Lacerda, Delegacia Especializada de Fronteira e Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

A operação levou o nome do poeta romano Juvenal, que insculpiu a frase em latim “Quis custodiet ipsos custodes?” traduzida como “Quem há de vigiar os próprios vigilantes?”.

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