Polícia quer ouvir Luan sobre agressões e ameaças em motel
A polícia de São Paulo quer ouvir o jogador Luan sobre as agressões e as ameaças sofridas em um motel de São Paulo na última terça-feira (4). Dois amigos do atleta do Corinthians registraram boletim de ocorrência em uma delegacia de Barueri, na Grande São Paulo, e relataram inclusive que um dos agressores estava armado. Luan optou por não ir à polícia.
De acordo com o delegado Daniel Orsomarzo, da Drade (Delegacia de Polícia de Representação aos Delitos de Intolerância Esportiva), o inquérito foi instaurado a partir do registro feito pelos amigos de Luan.
Segundo o delegado, os homens serão intimados a prestar depoimento, assim como os policiais militares e os funcionários do Motel Caribe. A assessoria de imprensa de Luan será comunicada, para que o jogador também seja ouvido.
O jogador não compareceu a nenhuma delegacia nem se pronunciou, e a polícia acredita que ele esteja com medo. Porém, se não comparecer, poderá também ser intimado.
Os policiais já estiveram no motel e recolheram imagens dos circuitos de segurança, ouviram os funcionários — que até o momento afirmam não ter sido agredidos nem hostilizados. A polícia constatou que não há na guarita nenhum obstáculo que impeça a entrada ou a saída de outras pessoas no estabelecimento.
Os próximos passos são ouvir as testemunhas e averiguar a materialidade da informação da presença de uma arma de fogo utilizada durante as agressões. Com essa versão, a situação pode mudar. Se provado que alguém estava armado, os policiais podem continuar as investigações sem um registro formal do atacante e alterar a natureza do registro para tentativa de homicídio.
Ao todo, sete agressores são suspeitos, e todos foram identificados pelos policiais. Agora estão verificando se todos são filiados a alguma torcida organizada ou a alguma liderança.
O boletim de ocorrência foi registrado como porte ilegal de arma, ameaça e agressão/lesão corporal. Nele, constam ainda informações a respeito do uso de rojões.