Silval, Riva e mais três viram réus por suspeita de lavagem
A Justiça recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e outras três pessoas réus por suposto crime de lavagem de dinheiro na compra da Fazenda Bauru, localizada em Colniza.
A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta segunda-feira (10).
Além deles, também passam a ser réus a esposa de Riva, Janete Riva, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf e o advogado Rodrigo Pacheco.
Na mesma decisão, o magistrado determinou o arquivamento da denúncia em relação aos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.
De acordo com a ação, Silval e Riva fecharam um contrato para compra da propriedade, de 46 mil hectares, por R$ 18,6 milhões. Ambos admitiram em delação premiada que parte do valor do negócio foi pago com propina.
O contrato previa que 50% da área seria colocado no nome da empresa Floresta Viva, de propriedade de Janete Riva. Já os 50% de Silval ficaria no nome do advogado Eduardo Pacheco. No final, no entanto, todo o negócio foi feito em nome da Floresta Viva.
A posse da propriedade é discutida judicialmente em uma ação movida pela Agropecuária Baura, que alega que a Floresta Viva não teria quitado parte do contrato de compra e venda.
A Floresta Viva, por sua vez, pediu a improcedência da ação após comprovar que quitou o que considera ser o restante do contrato de compra e venda da área, no valor de R$ 11 milhões.
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