Defesa de ex-PM alega esquizofrenia, mas atestado aponta aptidão física e mental
A defesa do ex-policial Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, tentou alegar que ele sofria de esquizofrenia para relaxar a prisão temporária pela morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. No entanto, a juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, percebeu que um atestado juntado aos autos garantia a aptidão física e mental de Almir. Diante da prova documental, a juíza decidiu manter a prisão preventiva de Almir.
Ao alegar a existência de doença mental, a defesa de Almir pediu que o ex-policial fosse internado para o tratamento de esquizofrenia, ao invés de ser enviado a uma prisão. Porém, um atestado emitido no dia 30 de junho de 2023, para comprovar o cumprimento de pena em outro processo ao qual o ex-policial respondia.
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“Demais, no que tange ao pedido de internação formulado pela defesa, entendo destacar que além da gravidade do delito e as narrativas do boletim de ocorrências, consta dos autos atestado médico […] no qual se observa que recentemente em data de 30/06/2023 foi atestada a aptidão física e mental do autuado para realização de suas atividades laborais, razão pela qual entendo pelo indeferimento do pedido”, diz trecho da decisão.
Reprodução
Almir é apontado como o principal suspeito pela morte da advogada Cristiane Castrillon. O crime teria ocorrido na casa de Almir e apresenta indícios de violência sexual. A Polícia Civil apontou ainda que Cristiane apresentava sinais de espancamento e de morte por asfixia. O corpo de Cristiane foi abandonado dentro de seu veículo, um Jeep Renegade, no estacionamento do Parque das Águas, em Cuiabá.
A ficha criminal de Almir Monteiro é extensa. Ele foi expulso da Polícia Militar em 2015, após ter liderado um assalto a um posto de combustível em 2013. Em abril daquele mesmo ano, Almir chegou a ser preso por integrar uma quadrilha especializada em roubos a postos de combustíveis.
Além disso, a investigação da Polícia Civil aponta que Almir participou de outros crimes, como um assalto a residência em fevereiro daquele mesmo ano.
Apesar das acusações, ele foi absolvido na Justiça sob a alegação de falta de provas. No entanto, a Polícia Militar o demitiu.