Juiz determina que ex-policial volte para a cadeia de Chapada

O juiz corregedor prisional Geraldo Fidelis determinou nesta segunda-feira (28) que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis seja transferido de volta para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães.

  

Almir está preso desde o dia 13 de maio pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon, em Cuiabá.

  

No último dia 20 ele havia sido transferido de Chapada para a Penitenciária Central do Estado depois de uma notificação do Ministério Público Estadual contestando uma portaria que garante prisão especial para ex-policiais militares.

  

Conforme o juiz, ao contrário do que entende o Ministério Público Estadual, a Cadeia de Chapada dos Guimarães não é especial, e sim comum.

  

“[…] Sendo lá, simplesmente, uma cadeia comum, gerida pelo Sistema Penitenciário – e não pela Polícia Militar, cujos segregados provisório ou definitivos, passam por classificação”, escreveu o magistrado.

  

“Assim, é uma cadeia comum de policiais ou ex-policiais, sem qualquer diferença para as demais unidades prisionais, estando sujeitos às mesmas regras e sistema disciplinar dos presos comuns”, afirmou.

  

O magistrado escreveu ainda que a manutenção de Almir na PCE pode acarretar em motins de uma facção criminosa que domina o presídio ou até mesmo a morte do ex-PM.

  

“A separação do membro ou ex-membro das Forças de Segurança, em relação à massa carcerária, é uma necessidade e Mato Grosso desponta como um Estado que garante a integridade física e psicológica desse profissionais, tratando-os como presos comuns, em uma unidade prisional só de policial e ex-policial, repete-se, sem nenhuma regalia ou privilégio”, afirmou.

  

“Todavia, neste momento, este corregedor prisional não assinará a sentença de morte de uma pessoa sequer, tampouco, dará azo a insurgências dentro do sistema prisional de Cuiabá e de Várzea Grande”, escreveu.

 

“Pelo exposto, determino a imediata transferência do preso provisório Almir Monteiro dos Reis, para a prisão comum (e não quartel ou alguma prisão especial) sem nenum tratamento diferenciado, na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, o único local onde o Estado, dentro da legalidade, que poderá salvaguardar sua integridade física e psicológica”.

 

O crime

 

O assassinato aconteceu na madrugada do dia 13, horas depois de Cristiane e Almir se conhecerem, no Bar do Edgare, no Verdão.

 

Conforme a Polícia, Cristiane foi morta por espancamento e asfixia na casa da Almir, no Bairro Santa Amália.

 

Horas depois de matar a advogada, o ex-PM levou deixou seu corpo no Parque das Águas.

 

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