Prefeito da “cidade do medo” pede aumento no efetivo policial

O prefeito de Sorriso Ari Lafin (PSDB) afirmou que vai pedir ao governador Mauro Mendes (União) que aumente o número de efetivos policiais para auxiliar no combate à violência no município.

Não quero que ninguém morra na minha cidade vítima de violência. Não é esse o nosso objetivo, não vou aceitar isso jamais, porque todo ser tem direito a vida

 

Este ano Sorriso apareceu no 17ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública como a 6º cidade mais violenta do Brasil e deixou o gestor em alerta.

 

Conforme o levantamento, a cidade no Norte do Estado, que tem um dos maiores PIBs agropecuários do País, teve uma taxa de 70,5 mortes violentas para cada 100 mil habitantes no ano passado.

 

“O que estou pedindo, e vou até conversar com o governador, é que reforce a questão de efetivos de Polícia Militar, Polícia Civil e os outros órgãos de segurança do nosso município”, afirmou à rádio Vila Real.

 

“Número de mais de duas mortes em um fim de semana são péssimos, não quero que ninguém morra na minha cidade vítima de violência. Não é esse o nosso objetivo, não vou aceitar isso jamais, porque todo ser tem direito a vida”, disse.

 

Lafin ainda classificou os números do levantamento como “preocupantes” e afirmou que tanto o Estado quanto o Município já estão atuando para tentar conter o avanço da criminalidade.

 

Na última semana, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) efetuou uma das medidas ao deflagrar a Operação Vitae, para intensificar as ações conjuntas de combate a crimes em Sorriso.

 

Já em relação à Prefeitura, Lafin disse que vai aumentar o incentivo à cultura e educação, como uma forma de atrair jovens e adolescentes que são levados para práticas ilícitas em organizações criminosas.

 

No ano passado a Polícia Civil atribuiu a onda de violência na cidade à guerra entre facções.

 

Cidade produtora

 

Questionado sobre o impacto econômico em Sorriso, o prefeito confirmou que estar entre as cidades mais violentas do Brasil deixou uma imagem negativa na cidade. No entanto, Lafin acredita que para o próximo ano o cenário será diferente.

 

“Zerar acho que seria ingênuo em falar isso, mas acho que vai diminuir de forma bem significativa, tenho certeza”, afirmou.

 

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