Justiça mantém prisão de vigia acusado de dopar e estuprar filha de 8 anos em MT

 

O juiz Antonio Fábio da Silva Marquezini, da 1ª Vara Alta Floresta, manteve a prisão preventiva do vigia Reginaldo Evangelista Francisco Rocha, de 31 anos, suspeito de dopar e estuprar a própria filha de oito anos.

A decisão foi dada durante audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (2).

Reginaldo voltou a ser preso no domingo (1º) pela acusação de coagir testemunhas ouvidas no curso das investigações.

Ele havia sido preso, pela primeira vez, na última quarta-feira (27), mas foi liberado ao passar por audiência de custódia.

Segundo a decisão, não havia requisitos legais para a manutenção da prisão. 

Desta vez, a Justiça entendeu pela legalidade da prisão preventiva. 

A Polícia Civil requereu um novo mandado após colher provas de que o suspeito estava causando temor em quem deponha.

De acordo com a Polícia Civil, o inquérito já soma mais de 150 páginas de evidências técnicas e testemunhais contra o investigado e será remetido à Justiça na próxima semana, com o pedido de depoimento especial da vítima.

A Polícia Civil reuniu, entre outras informações, relatório do Conselho Tutelar, ata da escola da criança apontando a mudança de comportamento, inclusive relatando que a vítima não queria entrar de férias.

Outro relatório apontou que a vítima apresenta baixo rendimento escolar, agressividade e tem desconforto em certos locais.

O laudo pericial de conjunção carnal da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso confirmou o estupro.

Investigação

Conforme o inquérito policial, o pai ministrou um comprimido para que a criança dormisse e abusou sexualmente dela.

O crime teria ocorrido durante as férias escolares, entre os dias 3 e 24 de julho, quando a vítima foi levada pelo pai para uma fazenda, na zona rural do Município, onde ele trabalhava como segurança.

Conforme a Polícia, a criança sofreu anteriormente outros abusos sexuais do pai, quando ele a buscava para passar alguns dias em sua companhia.

Entretanto, o investigado a ameaçava para que ela não o denunciasse.

Exame pericial concluiu que a menor tinha vestígios de conjunção carnal anterior aos fatos ocorridos no mês de julho.

A investigação teve início a partir da denúncia da escola onde a menor frequenta. A menina apresentou mudança no comportamento, o que chamou atenção de uma professora, porque antes das férias escolares, a criança demonstrou um comportamento diferente, dizendo que não queria entrar de férias, provavelmente porque passaria o período com o pai.

O pai foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável majorado, em razão de ser pai da vítima, com pena que pode variar de 12 a 22 anos.

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