Mitos e verdades sobre a reposição de testosterona

A terapia de reposição de testosterona (TRT) aumenta o risco dos homens de ataques cardíacos ou derrame? Um novo estudo sugere que não, embora com algumas ressalvas.

Os pesquisadores inscreveram 5.246 homens de 45 a 80 anos com níveis de testosterona inferiores a 300 nanogramas por decilitro (ng/dL). (Os níveis normais variam de 300 a 1.000 ng/dL.)

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Mais de 50% tinham doença cardiovascular existente, enquanto os outros foram considerados em maior risco por causa de fatores como diabetes, pressão alta, tabagismo e desequilíbrio de lipídios (colesterol total, lipoproteína de baixa densidade, lipoproteína de alta densidade e triglicerídeos).

Por uma média de 22 meses, os homens aplicaram um gel na pele diariamente.

Para metade dos homens, o gel era um placebo (inativo). Para os outros, continha testosterona suficiente para manter seus níveis hormonais entre 350 e 750 ng/dL.

No acompanhamento de três anos, os pesquisadores não encontraram diferença na taxa de ataques cardíacos, derrames ou morte por problemas cardiovasculares entre os grupos TRT e placebo. No entanto, em comparação com os homens que usavam o placebo, aqueles que usavam TRT eram mais propensos a ter desenvolvido atrial

Eram mais propensos a ter desenvolvido fibrilação atrial (uma frequência cardíaca irregular que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca) e embolia pulmonar (na qual um coágulo sanguíneo viaja para uma artéria pulmonar e bloqueia o fluxo sanguíneo).

Assim sendo a mensagem para levar para casa é não fazer reposição sem falar com seu médico.

 

*Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM,  ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso(SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde. CRMT 6194

Estadão Mato Grosso