Secretário diz que detentos esquartejados não foram vítimas da guerra de facções em MT

Um crime bárbaro teve como palco a Penitenciária Estadual Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, a Ferrugem, em Sinop (495 km de Cuiabá), na manhã desta quinta-feira (23). Welison da Silva, de 24 anos, e Daniel Souza Campos, de 28, foram mortos e esquartejados. Em um dos cadáveres, foi encontrado um bilhete com uma mensagem do Comando Vermelho, dizendo que todos os membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam no presídio iriam morrer.

Apesar do teor ameaçador da mensagem e da cena clara de execução dentro do presídio, o secretário de segurança pública do Estado de Mato Grosso, César Augusto Roveri, declarou desconhecer que o crime fez parte do fenômeno da guerra de facções.

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A declaração foi dada na tarde desta quinta-feira (23), em conversa com a imprensa no lançamento do Sistema Habitacional de Mato Grosso (SiHabMT), no Palácio Paiaguas, sede do governo do estado.

“A informação que eu tenho é que não foi guerra PCC e Comando Vermelho. Até porque nós separamos, no estado de Mato Grosso, organizações criminosas. Nós não colocamos juntos (nos presídios)”, declarou o secretário.

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Roveri ainda disse que o secretário-adjunto de Segurança Pública de Minas Gerais estava em Mato Grosso e contou que em seu estado estão enfrentando um problema no sistema penitenciário exatamente pela junção de facções rivais no mesmo presídio.

“Eu falei pra ele que aqui no estado de Mato Grosso nós fazemos essa separação, obviamente porque isso tem uma vida carcerária mais tranquila”, contou o secretário.

A execução dos reeducandos está sendo investigada e até o momento não há suspeitos.

Estadão Mato Grosso