“Fica molecando em Brasília e não traz um pé de cebolinha a MT”, diz senador Jayme Campos

 

O senador Jayme Campos (União) voltou a criticar a postura do deputado federal Abílio Brunini (PL) no parlamento em Brasília. Para ele, o bolsonarista atua com “molecagem” e deboche”.

“Infelizmente, tem cidadão aqui nesse Estado que diz que é representante de Mato Grosso, vai a Brasília, me parece que fica só debochando e molecando. Não é papel do parlamentar”, afirmou sem citar o nome de Abílio

A declaração foi na tarde desta segunda-feira (18), em que ele e o governador Mauro Mendes (União) assinam o repasse de R$ 18,7 milhões em emendas do parlamentar para 15 municípios custearem a Saúde.

Recentemente, Jayme e Abílio trocaram farpas em um voo de Brasília para Cuiabá. Jayme ficou chateado por Abílio ter revelado seu voto favorável a indicação do Flávio Dino como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Irritado, o senador disse que daria “pauladas” no deputado, que estava sentado ao seu lado no avião.

Para Jayme, o principal papel do parlamentar é viabilizar emendas ao seu Estado.

Tem cidadão aqui nesse Estado que diz que é representante de Mato Grosso, vai a Brasília, me parece que fica só debochando e molecando

“Não sou um senador de ficar brigando o dia inteiro em comissões, falando besteira em tribunas e até que me provem o contrário me parece que [ele] não trouxe nem um pé de cebolinha para Mato Grosso. Eu sou um senador de ação, de atitudes”, afirmou sem citar o nome de Abílio.

“Esse é o papel do senador, deputado federal, do deputado estadual: trabalhar. Menos conversa e mais ação”, acrescentou.

 

Voto em Dino

Mais uma vez, o senador evitou declarar abertamente o voto em Dino. Enquanto defendia o voto secreto para a indicação, voltou a cutucar Abilio.

“O voto é secreto, amigo. Eu voto conforme minha consciência. O mais importante é o cidadão ter postura. O político não pode ser aquele cidadão que joga para plateia. Eu não jogo para plateia, jogo para o povo. Dou resultado positivo”, afirmou.

Liberação de emendas

Questionado se a liberação de emendas por parte do Governo Lula (PT) interferiu no voto, Jayme se posicionou como “senador independente”.

Se somadas as emendas de bancada e individual, a gestão petista repassou ao senador apenas em 2023, R$ 192 milhões.

“Já tinha liberado antes da votação. Eu não sou obrigado a votar”, resumiu.

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