Em Cuiabá, Dallagnol detona Dino: Mistura de Moraes e Gilmar
Ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo) detonou, em visita a Cuiabá, a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino foi indicado presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber.
Para o ex-parlamentar, Dino tem um perfil autoritário e que pode politizar a Justiça.
“Se Dino for ao STF, ele será a mistura dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. [Juntará] Uma politização do ministro Gilmar Mendes, quando já temos uma corte de caráter muito político, misturado com um caráter mais autoritário com o ministro Alexandre de Moraes”, disse em coletiva à imprensa.
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“[Juntará] Uma politização do ministro Gilmar Mendes, quando já temos uma corte de caráter muito político, misturado com um caráter mais autoritário com o ministro Alexandre de Moraes”, disse o ex-procurador
Dallagnol participou de um evento do Partido Novo em Cuiabá, no fim da tarde de quarta-feira (6).
O ministro mato-grossense, Gilmar Mendes, é um dos grandes críticos da Operação Lava Jato. No início desse ano, afirmou que a operação praticou “tortura”: “Uma vergonha; coisa de pervertidos”, disse Gilmar.
Perseguição a inimigos
Segundo Dallagnol, Dino à frente do Ministério da Justiça perseguiu inimigos políticos da atual gestão, que classificou como “desmandos”.
“Nós vimos, durante a gestão Flávio Dino, a perseguição a adversários políticos com a instauração de inquéritos inclusive […] contra procuradores e juízes da Lava Jata sem indicar sequer o crime que seria praticado. Então, nós temos uma série de desmandos e práticas que não coadunam com a de um ministro do STF”, disse.
Ele ainda lembrou o passado político de Dino, que integrou por anos o PCdoB. Pela sigla, ele foi governador do Estado do Maranhão por dois mandatos.
“Dino é uma pessoa comunista, e se formos olhar os países comunistas ao redor do mundo foram responsáveis pelo extermínio de milhões e milhões de pessoas, e como alguém que se alto declara comunista pode entrar na suprema corte?”, questionou.
No próximo dia 13, ele passará por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça no Senado Federal.
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