Funcionária é acusada de desviar R$ 3,6 milhões de empresa do agro no interior de MT

 

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis cumpriu na tarde desta sexta-feira (15) seis mandados judiciais contra duas pessoas investigadas por crimes patrimoniais contra um grupo empresarial do Município.

A Operação Colossenses cumpriu seis ordens de busca e apreensão, sequestro e bloqueio de ativos contra os acusados de desviarem em torno de R$ 3,6 milhões de uma empresa do agronegócio.

A Derf de Rondonópolis instaurou inquérito para apurar os crimes de furto qualificado, com abuso de confiança e mediante fraude, e lavagem de dinheiro supostamente praticados por uma funcionária da empresa.

Representantes da empresa denunciaram em novembro deste ano que no período de um ano, a funcionária que era responsável pela área de recursos humanos, desviou R$ 623.093,67. Para efetuar o desvio, ela fez 154 transferências bancárias e depósitos com cheques da empresa tendo como beneficiária sua própria conta-corrente.

Para camuflar os desvios, ela simulava o pagamento de verbas trabalhistas para outros funcionários e depois transferia os valores para sua conta-corrente, mediante operações via Pix ou depósitos em cheques.

Após os desvios serem descobertos, a investigada confessou o crime aos proprietários e forneceu, voluntariamente, seus extratos bancários.

Em análise dos documentos, a Polícia Civil constatou que ela fez 26 transferências via Pix para seu cônjuge, totalizando R$ 125.550, entre os meses de janeiro e agosto de 2023. A investigação aponta ainda que há indícios da participação do marido da ex-funcionária na ocultação dos valores desviados da empresa vítima.

A investigada trabalhava no grupo empresarial desde 2019 e há ainda indícios também de outros desvios, que estão sob apuração, com valor aproximado de R$ 3,613 milhões.

Ela responde a outro inquérito policial na cidade de Primavera do Leste, onde cometeu o mesmo tipo de crime, em 2016, contra grupo de agronegócio daquele município.

Colossenses

O nome da operação faz alusão ao livro bíblico escrito pelo apóstolo Paulo que cita os deveres e obrigações dos empregados com os patrões.

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