Homem que tirou bebê de fogueira está desaparecido depois que ficou sabendo que a bebe morreu

 

A família do pedreiro Luciney Reis de Azevedo, de 53 anos, está em busca de qualquer informação que leve ao seu paradeiro. O trabalhador está desaparecido desde a manhã de sábado (16), quando saiu da casa da irmã, em Várzea Grande, em um VW Gol sem dizer aonde ia.

Luciney luta contra a depressão e seu quadro se agravou após descobrir, na última quinta-feira (14), que a bebê de dois meses que salvou do fogo em um terreno baldio havia morrido.

Segundo a sobrinha do pedreiro, que preferiu não se identificar, ao descobrir a notícia quando compareceu na delegacia para prestar depoimento, Luciney ficou em estado catatônico.

“Ele que tirou a criança do fogo, ouviu o choro do bebê, foi lá tirou a criança, enrolou na camisa dele e o pessoal do Samu levou ela com vida”.

“Ninguém tinha falado para ele que a bebê não resistiu, para não piorar a cabeça dele. Quando descobriu, ficou com o olhar parado, muito quieto e chorando, o tempo todo chorando”, disse.

A sobrinha afirma que o tio é um homem trabalhador, que não bebe e nem faz uso de qualquer substância e que, até aquele episódio, estava tratando a depressão. Essa é a primeira vez que ele fica incomunicável por tanto tempo.

A única pista que a família tem é o carro em que Luciney saiu de casa.

“A pista que a gente tem é esse carro, um carro gol quadrado, na cor vinho, tem o capô preto e em cima como se estivesse preparando para ser pintado”.

“Toda a família está desesperada. Precisamos encontrar o paradeiro dele”.

A imagem de uma câmera de segurança mostra ele saindo com o veículo da casa da irmã, onde estava hospedado para fazer o seu tratamento.

Luciney é casado e tem quatro filhos, todos maiores de idade.

Para contribuir com qualquer informação que leve ao paradeiro do pedreiro entre em contato com a Polícia pelo 197.

O caso

A menina de apenas 47 dias foi jogada em um terreno baldio pela própria mãe e incendiada em uma fogueira, no dia 8 de dezembro.

Segundo o delegado Bruno Abreu, que estava a frente do inquérito, o caso foge nas características de um infanticídio.

“Com base em tudo que eu vi e tudo o que eu li eu optei por indiciar ela por homicídio até pela tipificação do infanticídio, que é matar o próprio filho durante influência do período puerperal, durante o parto ou logo após”, afirmou em entrevista ao MT1 da Rede Globo.

Testemunhas dizem que a mulher fazia acompanhamento psiquiátrico, mas, segundo o delegado, somente o laudo médico atestará a sanidade ou não dela.

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