Suspeita de ser mandante tem ação por disputa de terra em MT

A empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo foi presa pela Polícia Civil nesta quarta-feira (20), suspeita de ser a mandante do homicídio do advogado Roberto Zampieri.

 

Ela está envolvida em um processo de disputa de terras em Ribeirão Cascalheiras. Zampieri representava a parte contrária a Gontijo. 

 

A acusada de encomendar o crime foi presa em Patos de Minas (MG). Horas antes, a Polícia Civil havia prendido Antônio Gomes da Silva, que teria sido o executor.

 

O advogado foi morto com cerca de 10 disparos na noite do dia 5 de dezembro, em frente ao seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

  

Maria Angélica consta em diversos processos no JusBrasil, dentre eles uma disputa de terras no município mato-grossense de Ribeirão Castalheira, que tinha Zampieri como um dos advogados da parte contrária.

 

No documento, Maria Angélica aparece como representante de seus pais, que teriam vendido a propriedade à autora do processo. Na petição, a proprietária da fazenda afirma que detém a área desde 2017, e desde 2021 vinha sendo ameaçada por Maria Angélica.

 

“Narrou-se na inicial que a demandada Maria Angélica Caixeta Gontijo ameaçou a autora (fato ocorrido a partir do dia 11 de novembro de 2021) e, após, convolou-se em turbação em virtude da destruição das cercas de divisa e remoção dos marcos demarcatórios da Fazenda Paraná, além da abertura de estrada e clareira, atos que comprometeram aproximadamente 05 hectares do imóvel rural”.

 

“No dia 19 de junho de 2022 a parte autora juntou manifestação nos autos (ID 87754795). Informou-se que no dia anterior (18) “a ré enviou vários capangas armados e, rompendo a cerca de divisa da área da autora, adentrou em sua propriedade e ali iniciou a construção de uma estrada, […]”. 

 

“No dia 1º de setembro de 2022 a autora informou que no dia 31 de agosto “a ré enviou, novamente vários “funcionários” para o local do conflito e, rompendo outra cerca de divisa da área da autora, adentrou em outra porção de sua propriedade destruindo cercas e porteiras”, postulando, novamente, pela concessão da liminar para reintegra-la na posse”. 

 

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