Jovem tinha desejo de morar no exterior: “Divertida e sonhadora”

A jovem trans Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, foi assassinada em Lucas do Rio Verde e o principal suspeito de cometer o crime é o empresário Jorlan Cristiano, que está preso. 

Era muito alegre, divertida, trabalhadeira, corria atrás dos sonhos, dos objetivos dela, era uma menina sonhadora

 

Mayla foi descrita com carinho pela família como uma pessoa alegre e sonhadora.

 

“Era muito alegre, divertida, trabalhadeira, corria atrás dos sonhos, dos objetivos dela, era uma menina sonhadora”, disse Letícia Martins, de 32 anos, irmã da vítima.

 

O sonho mais latente da jovem era se mudar para o exterior e trabalhar para ajudar a família.

 

“Infelizmente esse sonho foi ceifado. Ela queria ganhar o dinheiro dela, morar fora para ajudar a família. Ela sempre falava nos Estados Unidos”, disse.

 

Mayla foi envolta em uma piscina plástica e abandonada às margens da rodovia, entre as cidades de Sorriso e Lucas do Rio Verde. O corpo dela foi achado por trabalhadores rurais na manhã de terça-feira (16).

 

Segundo Letícia, a irmã era acompanhante e atendia pessoas de alto poder aquisitivo em cidades do interior.

 

A jovem fazia com frequência essas viagens a trabalho e em Lucas do Rio Verde ela estava há cerca de um mês e meio.

 

“Parece que ela já tinha até comprado a passagem para vir para casa, mas infelizmente não chegou”.

 

“Ela ia, fazia dinheiro e voltava, ela ia, fazia dinheiro e voltava. Tanto é que com isso ela comprou até uma casa aqui em Várzea Grande”.

 

Segundo Letícia, a jovem iria deixar a casa para a irmã caçula quando se mudasse para o exterior.

 

Prisão de empresário

 

Ainda na noite de terça-feira (16) o empresário Jorlan Cristiano foi preso e confessou ter cometido o crime.

 

Letícia disse que não sabia de nenhuma ameaça sofrida pela irmã, mas que Mayla chegou a tirar uma foto da placa do carro do empresário e mandá-la para uma amiga.

 

A fotografia teria ajudado a Polícia a chegar ao paradeiro de Jorlan.

 

“Essa pessoa que saiu com ela parece que era cliente dela, que ameaçava ela, tanto é que quando ela entrou no carro ela tirou a foto da placa”, disse.

 

Translado

 

Mayla era cuiabana e morava em Várzea Grande, onde o corpo será velado.

 

A família pediu ajuda nas redes sociais para conseguir arcar com os custos do translado do corpo dela.

 

“Somos de família humilde, ficou R$ 9 mil, como ela tinha bastante conhecidos e amigos a gente fez essa vaquinha e foi arrecadando um pouquinho de cada”.

 

Para ajudar com qualquer quantia a doação pode ser feita pelo pix de Letícia: 6599356-3009.

 

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