Mendes diz que ONGs querem “indígenas miseráveis” e defende produção

O governador Mauro Mendes (União) disse ser a favor de uma proposta de regulamentação de exploração comercial nas terras demarcadas pelos próprios indígenas.

 

Aqui algumas ONGs, alguns movimentos, principalmente ligados à esquerda, defende o índio pobre, miserável , dependente

A ideia foi defendida pelo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), no início do mês, pois, segundo ele, regular a exploração dentro do que está previsto no Código Florestal traria “qualidade de vida” aos povos originários.

 

Em entrevista à rádio Jovem Pan News, Mendes foi questionado sobre o assunto e criticou movimentos ligados à esquerda que tentam barrar este tipo de regularização.

 

“Aqui algumas ONGs, alguns movimentos, principalmente ligados à esquerda, defende o índio pobre, miserável , dependente. Nós queremos que esse índio seja como é, um cidadão brasileiro, que com dignidade, com seu trabalho, construa a preservação da sua cultura, do seu território”, afirmou.

 

O governador ainda citou como exemplo os Haliti-Paresi, de Campo Novo do Parecis, que utilizam parte de seu território para plantar milho e soja. Aproximadamente 23 mil hectares são utilizados na produção, equivalente a 1,8% de sua área total.

 

Para ele, todas as etnias deveriam fazer o mesmo para manter uma atividade econômica.

 

Mendes ainda disse crer que a aprovação de uma proposta poderia colocar fim à exploração ilegal nas terras indígenas.

 

“A quem interessa não explorar isso? Aos índios? Não. Por que existe o garimpo ilegal no país? Porque não se legaliza. Não estou defendendo não, mas existem grandes riquezas na Amazônia Brasileira e [não são exploradas] em nome de uma tal preservação, que não é preservação, é usurpar o direito dos brasileiros de ter dignidade, principalmente dos povos indígenas”, disse.



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