“Que seja feita justiça” diz filho de comerciante morto em chacina no interior de MT
A chacina de Sinop que arrasou a população sinopense em 2023 completou um ano nesta quarta-feira (21). A data foi marcada por um pedido de justiça das famílias das vítimas.
Sete pessoas, entre elas uma criança de apenas 12 anos, foram assassinadas a tiros em um bar no dia 21 de fevereiro de 2023, último dia de carnaval. O crime aconteceu após um dos atiradores perder cerca de R$ 4 mil em jogos de sinuca.
“Para quem tem um conhecimento mais aprofundado do direito sabe que ali tem praticamente todas as qualificadoras, tem tudo para ele ter a pena máxima. Que ele pague pelo que fez, que seja feita justiça”, disse Cícero Dias Neto, que é filho de uma das vítimas do massacre, o comerciante Josué Ramos Tenório, que morreu aos 48 anos.
O assassino confesso, Edgar Ricardo de Oliveira, está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele passará por júri popular no dia 18 de junho.
A juíza Rosângela Zacarkim, da 1ª Vara Criminal de Sinop, afirmou que todas as testemunhas serão novamente ouvidas.
“Vamos ouvir todas as testemunhas que foram arroladas. Tudo que é necessário para o jurado se inteirar dos detalhes do caso. O promotor terá um tempo especificado em lei para expor os fatos argumentos e provas. A defesa também terá igual período”, afirmou.
Momento em que assassinos atiram e matam vítimas
Edgar realizou 6 disparos de espingarda calibre 12 contra as vítimas. O comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, efetuou os outros 4 disparos de uma pistola .380.
Ezequias morreu no dia seguinte durante um confronto com a Polícia.
Quem eram as vítimas?
Getúlio Rodrigues Frazão Junior, de 36 anos, ganhou as partidas contra o adversário e foi uma das vítimas.
Ele estava acompanhado da filha de 12 anos, Larissa Frazão de Almeida, que foi morta ao ser atingida por um tiro nas costas enquanto tentava fugir.
Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35, era dono do bar em e também foi assassinado.
As demais vítimas eram apenas espectadores e foram identificadas como Orisberto Pereira Sousa, 38, Adriano Balbinote, 46, Josué Ramos Tenório, 48, e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos.
Getúlio estava acompanhado ainda da esposa e de um sobrinho, que sobreviveram por muito pouco ao massacre.
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