Justiça bloqueia 4 fazendas, casa e terreno em condomínio de luxo em MT

Deflagrada na manhã desta sexta-feira (23) pela força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-MT), a Operação Sorokin resultou no bloqueio de quatro fazendas, uma casa e um terreno, localizados em um condomínio de luxo da capital.

 

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá determinou ainda o sequestro de valores dos envolvidos em até R$ 5,8 milhões.

 

A Operação Sorokin investiga uma organização criminosa que supostamente teria se especializado em fraudes para garantir que seus integrantes auferissem vantagens indevidas mediante crimes de falsidade ideológica e de lavagem de dinheiro. A investigação começou a partir de procedimentos realizados em outra operação, a Polygonum.

 

Realizada nesta sexta-feira (23) pela força-tarefa ambiental do Gaeco, a Operação Sorokin teve como alvos Luana Ribeiro Gasparotto, Flaviano Ferreira da Silva, Eunice Martins Gasparotto Piereti, Deoclides de Lima e Douglas Henrique Ribeiro Pieretti. Todos já foram denunciados pelo MP-MT e respondem a ação penal.

 

A Justiça acolheu um pedido feito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), na denúncia, e determinou o sequestro de vários bens dos suspeitos. Entre os alvos do bloqueio judicial estão quatro fazendas, uma casa e um terreno localizados no Condomínio Florais do Valle, 16 veículos, três colheitadeiras, entre outros equipamentos. Foi determinado ainda o bloqueio cautelar de valores no limite de R$ 5,8 milhões.

 

Foi apurado que os integrantes da organização criminosa, em uma atuação colaborativa, teriam contribuído para a execução de diversas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CARs) de propriedades, em relatórios de tipologia e em Autorizações de Desmates (ADs). Os valores obtidos pela organização, segundo o Gaeco, foram integrados a diversos bens móveis e imóveis, no intuito de dissimular sua origem e movimentação, decorrentes dos crimes praticados.

 

A técnica ambiental Luana Ribeiro Gasparotto, um dos alvos da operação, já é conhecida do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-MT). Em 2018, ela foi alvo da Operação Polygonum e, em 2010, da “Operação Jurupari”, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

Mídia News