Operação do Gaeco mira grupo de número 2 de facção em MT
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, deflagrou nesta terça-feira (20), a operação Último Voo.
Foram cumpridos mandados de busca, apreensão e sequestro de bens de familiares e pessoas ligadas à vice-liderança da maior facção criminosa Mato Grosso, o Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus (“Miro Louco”, “Gentil”, “GL”, “Veião”, “Lojo” e “Mano G”).
Segundo o Gaeco, os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso e São José dos Quatro Marcos.
Tiveram ordens judiciais cumpridas também em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; na cidade de Ananindeua, no Estado do Pará; e em Catanduvas, no Paraná.
No total, foram realizadas as buscas em 19 endereços, sendo 15 alvos.
Foram apreendidos aparelhos e chips de celulares, notebook, cinco veículos, dinheiro em espécie, joias, uma barra de ouro, uma máquina de contar cédulas e documentos contábeis que indicam operações de traficância.
Foi encontrado, ainda, aproximadamente um quilo de droga (maconha), cujo flagrante será realizado pela Delegacia de Repressão a Entorpecente.
“Miro Louco”
O vice-líder está preso desde abril de 2020 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Miro Louco tenta voltar a sistema prisional de Mato Grosso desde então.
Em decisão recente, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso citou que a diretoria do presídio de segurança máxima alertou sobre o comportamento de Miro.
De acordo com a penitenciária, ele possui comportamento incompatível com as normas da unidade, tendo sua conduta reclassificada para o “mau comportamento carcerário”.
O relatório ainda aponta que mesmo no presídio de segurança máxima, Miro estaria se utilizando de intermediários para se comunicar com o mundo exterior no intuito de diligenciar meios de permanecer no comando de negócios ilícitos.
Ainda há informações que ele estaria se utilizando de terceiros para viabilizar sua gestão financeira e recebimento de valores de origem criminosas.
A operação contou com a participação de 70 agentes do Gaeco e 180 servidores da Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil. As ações tiveram a colaboração dos seguintes órgãos e instituições públicas: Gaecos de MS, PR e PA; Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco/MPMT); Ministério Público Federal de Catanduvas/PR e Senappen (Sistema Penitenciário Federal). Os grupos especializados das Polícias foram: Bope, Rotam, Força Tática, GOE e Ciopaer.