Disputa de R$ 6 milhões e sotaque sulista levaram a mandante

Uma disputa agrária na casa de R$ 6 milhões teria motivado a morte do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros na noite do dia 5 de dezembro em Cuiabá. A informação é do delegado Nilson Farias, que está à frente do caso.

 

O principal suspeito de ter encomendado o crime é o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que foi preso na manhã desta segunda-feira (11), na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa. 

 

Segundo o delegado,  a principal hipótese é a existência de uma disputa na cidade de Paranatinga. Nela, o irmão de Aníbal perdeu sua terra para o cliente de Zampieri. 

 

“Teve uma reintegração de posse em seu desfavor do irmão do Aníbal e, no momento da reintegração, na execução de sentença, também entrou em discussão a terra do Aníbal”, explicou o advogado. 

 

Para o delegado, o fazendeiro poderia ter tido medo de perder a terra também. “Ele entrou com uma intervenção de terceiros alegando que a terra dele não tinha nada a ver com aquela disputa do seu irmão”, explicou. 

 

Segundo o delegado, as provas técnicas reunidas ao longo das investigações já estabeleceram a ligação entre o fazendeiro e os demais investigados. Aníbal seria o tal homem de sotaque sulista apontado durante o depoimento do pistoleiro. 

 

Teve uma reintegração de posse em seu desfavor do irmão do Aníbal e, no momento da reintegração, na execução de sentença, também entrou em discussão a terra do Aníbal

Até o momento, a Polícia prendeu outros três por envolvimento no crime: o executor Antônio Gomes da Silva, o intermediário Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o financiador do crime, o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas. 

 

O caso 

 

Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023, quando saía de seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele foi surpreendido pelo pistoleiro depois de entrar em seu carro. 

 

Antônio teria se aproximado da vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços para a compra de uma fazenda em Mato Grosso.

 

Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, o pistoleiro deixou um rastro de pistas que foram seguidas pelos investigadores.

 

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