Câmara pede informações à PF; vereador pode ser afastado

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), informou nesta quarta-feira (5) que o vereador Paulo Henrique (MDB) pode ser afastado do cargo pela suspeita de auxiliar uma facção criminosa a lavar dinheiro em casas noturnas.

 

Chico destacou que aguarda o posicionamento do procurador da Câmara, Marcus Brito, que vai requisitar informações oficiais sobre o caso. O presidente explicou que, até o momento, as acusações da Polícia não são suficientes para discutir a investigação no plenário.

 

Paulo Henrique foi alvo de busca a apreensão na Operação Ragnatela, deflagrada pela Ficco-MT (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta. A investigação prendeu oito pessoas.

 

A Ficco-MT é composta por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar. 

 

“O primeiro passo é termos informações oficiais. Não temos nada, mas já foi encaminhado à Procuradoria [da Câmara], que vai requerer informações de forma oficial para que, a partir daí, a Câmara fale a respeito do vereador. Esse caso pode levar ao afastamento do vereador, se o plenário for provocado e entender dessa forma”, disse.

 

“É uma medida para evitar precipitações, decisões erradas. Precisamos ser justos e estarmos respaldados por informações oficiais. O vereador foi eleito, tem mandato, não há que se falar em qualquer espécie de punição sem que tenhamos elementos oficiais”, comentou.

 

Chico considerou que a investigação mancha a imagem da Câmara perante a população, mas garantiu que os vereadores se posicionarão no momento adequado.

 

Ele, ainda, defendeu que o Congresso Nacional elabore medidas para checar a credibilidade dos candidatos a cargo político.

 

“O Parlamento está acima de qualquer um dos vereadores. Cada vereador responde pelo seu mandato. É óbvio que quando há qualquer envolvimento neste sentido, acaba refletindo na Câmara, mas é natural que o Parlamento se posicionará quando e se as irregularidades forem comprovadas”, afirmou.

 

“A situação pede mais rigor, aprimoramento, devem existir critérios estabelecidos, mas isso é competência do Congresso Nacional, em razão de que a lei eleitoral é aprovada nacionalmente e cabe aos deputados torná-la mais rígida”, completou.

 



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