Interior de MT. Inocente, jovem de 20 anos foi morto por ser primo de faccionado
O jovem Anderson Adriano Filippi, de 20 anos, que foi assassinado nesta semana em Sorriso, não tinha ligação com o crime ou com facções e foi morto somente por ser primo de um faccionado, rival dos suspeitos. A informação foi revelada pelo delegado Bruno França.
O rapaz acabou dando azar, pagando pelo erro de um terceiro
“O menino foi morto porque era primo de outro rapaz, esse sim é inimigo mortal deles [suspeitos], a quem eles estão tentando matar a muito tempo e que está escondido”, disse.
Anderson foi sequestrado e morto na última terça-feira (18) por integrantes de uma facção criminosa e teve seu corpo encontrado somente neste domingo (23) em uma área de mata perto da divisa de Sorriso com Lucas do Rio Verde.
“O rapaz acabou dando azar, pagando pelo erro de um terceiro. Isso na minha opinião só aumenta a covardia dos criminosos”, afirmou o delegado.
Ao todo, 14 suspeitos de ligação com o homicídio já foram presos. O último, preso na tarde de sábado (22) com apoio da Polícia Militar quando fugia para Tabaporã, foi quem indicou o ponto onde a vítima foi morta.
Bruno França disse ainda esse é a segunda vítima inocente executada por uma facção criminosa da cidade neste mês. “Uma guerra de facções que durante muito tempo só envolvia gente vinculada, infelizmente este mês já [vitimou] a segunda vítima inocente”.
Ligação com morte de adolescente
Anderson teria sido morto pelos mesmos autores da execução de Maria Shamilly, de 17 anos, encontrada em uma área de mata no dia 2 de junho. Ela foi morta com tiros na cabeça.
A investigação apontou que Maria foi morta porque fez uma foto com sinais interpretados como alusão a uma facção criminosa paulista.
“Durante as prisões em relação ao homicídio da Maria Shamilly, um dos investigados foi reconhecido como participante do sequestro ocorrido na última terça-feira. A partir daí, chegamos aos demais integrantes do grupo que sequestrou o Anderson”, disse França.
Os crimes continuam sendo investigados pela Polícia Civil. A “guerra de facções” na cidade fez Sorriso aparecer como a sétima cidade com a maior taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes do Brasil.
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