Ex-líder de Emanuel, vereador é alvo de operação contra facção

O vereador por Cuiabá Paulo Henrique (MDB) está entre os alvos da Operação Ragnatela, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) pela Polícia Federal, suspeito de auxiliar uma facção criminosa em um esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas.

 

Paulo Henrique foi líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara entre 2023 e o início de 2024.

  

Segundo as investigações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT), Paulo Henrique atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

 

Um policial penal e fiscal da Prefeitura de Cuiabá também foram alvo de buscas e afastados das funções por participarem do esquema.

 

Segundo a FICCO, a investigação identificou que criminosos teriam adquirido uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.

 

A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

 

Durante as investigações foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

 

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

 

Fuga de MT

 

No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos. Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto carioca de Santos Dumont.

 

A Operação Ragnatela contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Ciopaer) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público Estadual, Ppolícia Civil, PM, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

 

A Ficco-MT é uma força integrada, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

 

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