Mãe pede que suspeito se entregue e peça “perdão a Deus”
A mãe de Raffael Amorim de Brito, de 28 anos, acusado de matar o sargento Odenil Alves Pedroso, de 47, pediu que o filho se entregue à Polícia e peça “perdão a Deus pelo crime”.
Alguma coisa aconteceu naquele momento, porque eu não acredito que ele tenha ido ali para fazer tal coisa
A fala da mulher, identificada apenas como Telma, ocorreu durante entrevista ao repórter Arthur Garcia, divulgada na terça-feira (11).
“Ele cometeu um assassinato, mas ele não é um assassino. Não tenho ele como um assassino e nem quem conhece ele tem como assassino. Para mim, foi uma fatalidade”, disse ela.
“Alguma coisa aconteceu naquele momento, porque eu não acredito que ele tenha ido ali para fazer tal coisa. Meu filho, em nome do Deus todo poderoso que você conhece, que eu creio que o seu coração está quebrado por ter acontecido isso na sua vida”, disse, como se conversasse com o filho.
“Eu ando angustiada por não saber onde você anda, de que forma, se come, se bebe, se dorme. E talvez você pode não ter oportunidade de se posicionar, de pedir perdão”, completou.
Raffael está foragido desde o dia 28 de maio, data em que o militar foi assassinado. Desde então, a Polícia criou uma força-tarefa para localizá-lo.
A mãe garante que não teve contato com o rapaz desde então. Da última vez em que esteve com a família, Raffael teria pedido à irmã que o abrigasse pouco antes de fugir para outro esconderijo.
“Minha filha recebeu ele sem saber ao certo o que estava acontecendo. Depois ela disse pra mim que soube o que estava acontecendo, ficou apavorada, e ele se foi […] Eu quero proteger a vida dele para que ele possa ter oportunidade de pedir perdão pra Deus do que ele fez”.
No dia 29, policiais da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) localizaram em uma casa, no Bairro CPA II, a motocicleta, o capacete, botinas e uma jaqueta utilizados por Raffael na execução.
O homicídio
Odenil Alves Pedroso foi atingido por disparos de arma de fogo no dia 28 de maio, quando estava próximo à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Morada do Ouro, na Capital, onde prestava serviço extraordinário.
Ele estava em uma lanchonete quando o assassino desceu de uma motocicleta, fez os disparos e ainda roubou a arma do militar.
Odenil foi socorrido em estado grave, com apoio de uma aeronave do Ciopaer, ao Hospital Municipal de Cuiabá, onde foi intubado e passou por cirurgia.
Porém, ele não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu por volta das 19h de terça-feira.
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