PF: vereador atuava para liberar shows patrocinados por facção

O vereador Paulo Henrique (MDB) é suspeito de auxiliar na liberação de licenças e alvarás para casas noturnas supostamente usadas em um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa em Cuiabá.

Esse grupo contava com apoio de alguns agentes públicos, inclusive um parlamentar, que auxiliavam na flexibilização das concessões de licenças e alvarás para a realização dos shows

 

O caso é investigado na Operação Ragnatela, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) pela FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Mato Grosso.

 

O grupo investigado adquiriu casas noturnas e lavava o dinheiro por meio da realização de shows nacionais.

 

Segundo o delegado Antônio Flávio Rocha Freire, da Polícia Federal, o vereador recebia favores financeiros em troca dessa “facilitação”. 

 

“Esse grupo contava com apoio de alguns agentes públicos, inclusive um parlamentar, que auxiliavam na flexibilização das concessões de licenças e alvarás para a realização dos shows”, explicou o delegado, sem citar o nome do vereador.

 

O parlamentar, segundo o delegado, tinha uma relação muito próxima com membros do esquema e havia, então, uma “troca de favores e recebimento de vantagens financeiras de forma indireta”.

 

Segundo o delegado, o nível de participação do vereador ainda será apurado. No entanto os autos já comprovam que ele fazia gestões junto à Secretaria Municipal de Ordem Pública de Cuiabá, que faz a fiscalização das casas noturnas e concessão das autorizações para a realização dos shows.

 

Paulo Henrique foi alvo, por ora, apenas de mandado de busca e apreensão. Ele foi líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara entre 2023 e o início de 2024.

 

Entre os alvos da PF ainda estão o Dj Everton Detona e o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, único alvo preso até o momento.

 

Um policial penal e fiscal da Prefeitura de Cuiabá também foram alvo de buscas e afastados das funções por participarem do esquema.

  

Fuga 

 

No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos.

 

Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

 

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