Vereador nega que articulou para liberar shows ao Comando Vermelho
O vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB) foi alvo de busca e apreensão na Operação Ragnatela, deflagrada nesta quarta-feira (5), que investiga um nucleo do Comando Vermelho em Mato Grosso, que promove shows nacionais e lava dinheiro em casas noturnas da capital. O parlamentar é investigado por suposta influência na liberação de alvarás para casas noturnas, e nega participação no esquema.
Por meio de nota, ele alegou a inexistência de competência para liberar realizações de eventos. “Gostaria de salientar que jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de shows citadas tiveram diversas fiscalizações e foram inclusive autuadas. É importante destacar que a liberação de eventos pode ser devidamente autorizada pela justiça, com base na documentação apresentada”, justificou.
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O vereador diz ainda que não teve acesso aos autos do processo porque está em segredo de justiça. “Minha defesa será elaborada assim que tivermos acesso aos autos do processo, os quais permanecem sob segredo de justiça e ainda não foram liberados pelo Ministério Público, portanto, ainda não foram disponibilizados. Declaração da Autoridade Policial Até o presente momento, a única informação oficial disponível é a declaração da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem minha pessoa”, alegou.
Com relação ao coordenador do cerimonial da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Souza Leal, que teve a prisão preventiva decretada na operação. Ele seria uma espécie de “braço direito” de Willian Gordão, ex-proprietário do Dallas Bar, e concedeu amplos e irrestritos poderes para Rodeigo representar a empresa Dallas em qualquer banco, estabelecimentos bancários ou instituição financeira, podendo movimentar e encerrar contas correntes e de poupança. E também teria lavado dinheiro em outros shows realizados em Cuiabá.
O vereador alega que as medidas cabíveis para a exoneração do servidor estão sendo providenciadas. “Não tenho relação com os fatos que assessores realizam em sua vida particular, quando tomado conhecimento de algo ilícito faço as medidas cabíveis de exoneração. Estou à disposição com muita tranquilidade para contribuir com as investigações e justiça. Reafirmo meu compromisso com a transparência e a justiça, e coloco-me à disposição para colaborar com as investigações e esclarecer quaisquer dúvidas que se fizerem necessárias”, alegou por meio de nota. O parlamentar teve o celular e um carro Jeep Compass apreendido pela equipe da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-MT).