“Crime é organizado e o país bate cabeça; não sabe o que fazer”

O governador Mauro Mendes (União) criticou nesta sexta-feira (27) o Estado brasileiro por não conseguir fazer frente ao avanço do crime organizado.

 

Para o governador, o País “bate cabeça” enquanto os criminosos se infiltram em diversos setores da sociedade e desafiam as autoridades. 

 

“O Estado brasileiro acha que, para combater o crime organizado ou a violência que impera no Brasil, tem que colocar câmera nas fardas de policias, tem que chamar os bandidos de oprimidos socialmente, trata-los de forma lúdica… É o crime organizado versus o Estado desorganizado, que bate cabeça com uma lei absolutamente incompatível com a necessidade que temos hoje”, disse.

 

“O crime organizado é organizado, e está se infiltrando nas atividades econômicas, no mundo público, e está elegendo, em vários níveis, representantes para interferir dentro da administração pública. Olha o quanto é perigoso isso: estamos há décadas chamando isso de crime organizado e o Estado brasileiro batendo cabeça, não sabe o que fazer”, completou.

 

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) está investigando ao menos 20 candidatos a vereadores em Mato Grosso por terem suas campanhas eleitorais supostamente financiadas por uma facção criminosa.

 

Sem dar detalhes, Mendes revelou que já denunciou às autoridades suspeitas de pessoas ligadas à facção que tentaram ingressar na política. 

 

Para o governador, a legislação é “omissa” e “frouxa” e permite o crescimento das quadrilhas, que estão chegando à política eleitoral brasileira.

 

“Tenho cobrado das nossas forças de Segurança investigação nesse sentido, porque não dá para admitir o estado de coisas que estamos vivendo em Mato Grosso e no Brasil. E o grande culpado disso é a lei omissa e frouxa que não retrata o instrumento adequado para combater o nível que se encontra a segurança publica no Brasil”, afirmou à imprensa.

 

Nesta sexta, o candidato a vereador de Rondonópolis Ary Campos (PT) foi alvo da Polícia Civil, por suspeitas de ter a campanha financiada por uma facção criminosa.

 

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