“Não tem motivação política”, diz delegado sobre mortes de irmãs

O delegado de Porto Espiridião, Fabrício Garcia, afirmou que os assassinatos da candidata a vereadora Rayane Alves Porto, de 25 anos, e de sua irmã Rithiele, 28, no dia 14 de setembro, não teve motivação política. 

 

As irmãs foram brutalmente torturadas e mortas a golpes de faca. A Polícia concluiu o inquérito e indiciou 16 pessoas – sendo oito adultos e oito adolescentes.

 

“Destaco que a investigação não apontou motivação política. Repito: não houve motivação política. […] Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro qualificada por lesão grave, tortura e furto”, disse o delegado.

 

A tese de crime político chegou a ser levantada em um primeiro momento, já que Rayane era candidata a vereadora pelo Republicanos.

 

A suspeita é que a ordem ocorreu após as irmãs publicarem uma foto com um gesto que simboliza o número de uma facção rival da que tem domínio no estado. Um inquérito complementar será instaurado para apurar a responsabilização do mandante.

 

Ele é identificado como Norivaldo Cebalho Teixeira, conhecido como “Véio”, “Tuta” ou “Mercúrio”. Segundo as investigações, ele acompanhou toda a tortura e morte das irmãs por uma videochamada no celular. 

 

O caso

 

Dos 16 indiciados, seis foram presos e apreendidos na última quinta-feira (26), durante a Operação Circus, e outros 10 foram detidos em flagrante na ocasião do crime.

 

De acordo com a Polícia Civil, as irmãs estavam no Festival de Pesca, acompanhadas de outros dois rapazes, quando todos foram rendidos pelos criminosos e obrigados a seguirem para uma casa, na região central da cidade.

 

Ao chegar na casa, as duas irmãs foram torturadas e mortas por golpes de faca. Um dos rapazes também foi torturado, teve uma das orelhas e um pedaço do dedo cortado. O quarto jovem conseguiu fugir pulando o muro da casa e pediu socorro.

 

O indiciamento foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, que decide se denunciará ou não o grupo ao Judiciário. Se a denúncia for aceita, os acusados se tornam réus e responderam pelos crimes imputados.

 

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