Delegado da PF confirma que vereador é muito proximo de faccionados
O delegado da Polícia Federal, Antônio Flávio Rocha Freire, supervisor da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco/MT) e chefe da “Operação Pubblicare” contou como funcionava o esquema que liga o vereador Paulo Henrique (MDB) aos membros do Comando Vermelho (CV) e que resultou na prisão dele nesta sexta-feira (20).
Foram 15 ordens judiciais, sendo um mandado de prisão, 7 de busca e apreensão, 6 sequestros de veículos e 1 sequestro de imovel. Além de bloqueio de contas bancárias no valor de R$ 1 milhão. Aos investigados estão sendo imputados os crimes de corrupção ativa (particulares), corrupção passiva (servidores públicos) e ainda, crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Conforme as investigações, Paulo Henrique se encontrou com Joadir Alves Gonçalves, conhecido como “Jogador” e uma liderança forte no Estado e que foi preso no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, durante a primeira fase da Operação Ragnatela.
“Esse grupo de servidores públicos era capitaneado por um agente público que possuía um cargo eletivo [vereador Paulo Henrique], e durante as investigações foi percebido que ele tinha uma relação muito próxima com integrantes da facção criminosa investigada na Operação Ragnatela. E identificou-se reuniões entre ele e a liderança dessa facção que foi presa no Aeroporto Santos Dumont pela Polícia Federal. Também identificou-se ligações e chamadas em grupo entre o vereador e lideranças da facção”, comentou.
O delegado explicou que os servidores envolvidos com a facção tinham como estratégia receber propinas através de outras pessoas, que tinham conhecimento da ilegalidade do dinheiro. A lavagem de capitais ocorria por meio de compras de casas noturnas e realizações de shows e eventos.
A primeira operação descobriu que integrantes da facção e promotores estavam lavando dinheiro da facção e que havia um núcleo de servidores que flexibilizava as fiscalizações sobre barulhos e ruídos nestas casas noturnas e em contrapartida, os integrantes das facções concediam benefícios financeiros a esses servidores públicos.
VEJA VÍDEO: