Medeiros: aliados de Lula fazem estripulias para obstruir votação
O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que parlamentares aliados ao presidente Lula (PT) fazem “estripulia” na Câmara Federal para retardar a votação do Projeto de Lei da Anistia. A proposta prevê zerar a pena dos condenados por ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
Eles fazem obstrução e têm feito todo o tipo de estripulia. Óbvio que isso dificulta. Como o governo é contra, se posicionam contra
Medeiros fez essa análise porque, na terça-feira (10), os deputados opositores à proposta pediram o reordenamento das pautas que seriam analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dessa forma, outros projetos tiveram prioridade e a análise sobre a PL da Anistia ficou para a próxima sessão.
“Não tenha dúvida [sobre os aliados de Lula atrasarem a análise]. Eles fazem obstrução e têm feito todo o tipo de estripulia. Óbvio que isso dificulta. Como o governo é contra, se posicionam contra”, observou.
A sessão seguinte ocorreu na quarta-feira (11) e parlamentares favoráveis à PL da Anistia tentaram reunir 34 votos para levá-la a análise em plenário, mas não conseguiram. Segundo Medeiros, a votação falhou porque há deputados que não puderam votar a favor da proposta por estarem em outras cidades e se dedicando à campanha eleitoral.
“Ela [PL da Anistia] foi muito contaminada com o processo eleitoral. No Congresso, tudo que brilha vira moeda de troca. Como eles sabem que essa PEC é substancial importância para nós, estão colocando as eleições no meio”, disse.
“Persecutória contra adversários”
Medeiros disse que o STF, especialmente por meio do ministro Alexandre de Moraes, perseguiu e condenou patriotas que protestaram pacificamente no ato de 8 de janeiro. Para ele, a PL da Anistia busca consertar penas excessivas aplicadas pela Justiça.
“Agora não temos a vigência da Constituição Federal, mas sim a lei do ministro Alexandre de Moraes que, quando não gosta de alguém, coloca perdigueiros na cola [da pessoa]”, analisou.
“Trata-se de a Justiça corrigir um ato horrendo de alguém que teve influência no processo penal e conseguiu uma persecutória contra seus adversários políticos. Qualquer vandalismo que [os invasores] poderiam ter cometido, eles já pagaram, mas há os que estão presos até hoje”, concluiu.