Mendes: Quantas vidas foram perdidas por calote de Emanuel?
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que não assumirá os mais de R$ 17 milhões que deixaram de ser pagos pela Prefeitura de Cuiabá aos cofres do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCan).
O governo não vai pagar a conta de gente que deu cano, que desviou dinheiro
Nesta quarta-feira (18), Mendes assinou o contrato com o HCan para gestão do orçamento, que vem do SUS. O investimento para este ano será de R$ 90 milhões e a expectativa é aumentar em 80% os atendimentos da unidade.
O governador sugeriu que a administração da unidade recorra ao Poder Judiciário para reaver o passivo deixado pela gestão Emanuel Pinheiro (MDB).
“O governo não vai pagar a conta de gente que deu cano, que desviou dinheiro. Que o Ministério Público Estadual ou o próprio hospital possam acionar na Justiça a Prefeitura e seus responsáveis por esse calote”, disse em conversa com a imprensa.
“Imagina quantas vidas poderiam ter sido perdidas por esse calote do município de Cuiabá”, acrescentou.
O contrato entre Governo e hospital foi assinado após longa articulação. Segundo Mendes, a Gestão Pinheiro só cedeu a gestão após forte pressão.
“Percebi o tamanho do caos que era o município de Cuiabá, e o caos que ele estava trazendo a uma área tão importante que é o tratamento de diagnóstico do câncer. […] Agora, ao final, por pressão, a Prefeitura passou para o Estado gerenciar”, disse.
“Há que se dizer que desde 2018, segundo nos foi informado pela secretaria e pelo próprio hospital, o município de Cuiabá não colocava R$ 1. Ele recebia dinheiro dos entes estaduais e federais e repassava, e mesmo assim deu calote, não repassou, atrasou e complicou a gestão do hospital durante esses anos todos”, completou.
O hospital chegou a anunciar que o calote da Prefeitura de Cuiabá afetou quase 3 mil pessoas que hoje contam com a unidade de saúde para a realização de sessões de quimioterapia, radioterapia e outros procedimentos.
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