“Que nada fique impune”, diz Mendes sobre operação da PF

O governador Mauro Mendes (União) lamentou que cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Sul tenham sido afastados por suspeita de venda de sentença, na Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (24).

 

Sempre é muito ruim. Se o próprio Judiciário determina uma intervenção dessas é porque provavelmente alguma coisa deve existir

Em Cuiabá, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em endereços ligados ao empresário Andreson Gonçalves.

 

Mendes apontou que, para o próprio Judiciário fazer uma determinação contra si, é porque “alguma coisa deve existir”.

 

“Sempre é muito ruim. Se o próprio Judiciário determina uma intervenção dessas é porque provavelmente alguma coisa deve existir nos autos que levaram a essa determinação”, disse.

 

“Vamos esperar [a conclusão das investigações], mas com certeza todos nós brasileiros lamentamos e aguardamos a apuração para que nada fique na impunidade”, acrescentou.

 

A operação deflagrada no estado vizinho se liga a Mato Grosso por conta de Andresen. 

 

O empresário é investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema que envolveria venda de sentenças no STJ, que teria a participação do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro passado em Cuiabá.

 

Nas investigações sobre o suposto esquema no STJ, foram encontrados diversos comprovantes bancários de transferências de uma conta corrente de Zampieri para uma empresa de Andreson, a Florais Transporte. 

 

Conforme as investigações, foram identificados repasses de R$ 50 mil, R$ 100 mil e R$ 200 mil.

 

Ultima Ratio

 

A operação afastou dos cargos os desembargadores de Mato Grosso do Sul Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

 

Os cinco magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

 

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

 

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