Atirador da Chacina de Sinop é condenado a mais de 130 anos de prisão

Por ter assassinado sete pessoas em chacina no fim do carnaval de 2023, Edgar é condenado há 136 anos de prisão. O regime inicial do cumprimento será o fechado e ele já começa a cumprir a pena provisoriamente. A decisão foi proferida na Comarca de Sinop após um julgamento que durou mais de 11 horas nesta terça-feira (15). Além da condenação, Edgar também terá que pagar uma multa de R$ 200 mil, divida entre os familiares.

Após receber a pena, Edgar, preso na PCE, declarou que irá recorrer da pena. (Veja o julgamento completo e o minuto a minuto no fim da matéria).

21h03
Volta do Intervalo, o juri concluiu a votação.
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18h31 –
Após réplica de defesa tentando manter qualificadoras, defesa de Edgar nega tréplica.

18h18- Para onde ela olhava, ela via corpos, diz promotoria defendendo que Raquel foi sim ameaçada por Edgar, assassino do marido e da filha dela.

18h17- Promotoria descreve perícia de assassino com arma para que juri condene atirador por morte de adolescente.

18h12- Joga, erra, perde e mata, é vingança, sustenta promotoria.

18h10- Isso é vingança e vingança é torpeza, diz promotor defendendo permanencia de qualificadora para juri.

18h08- Em replica, promotor defende permanencia de perigo comum porque era feriado e pessoas poderiam estar na rua.

18h02- Em réplica, promotor diz que não houve humanidade em Edgar e defende permanencia da qualificação de meio cruel.

Julgamento chega na reta final, Juri votará condenação de assassino.
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17h37 Defesa diz que transmissão pelo Youtube anula presença de testemunhas.

17h33 Após mais de uma hora de defesa, advogado apela para julgamento atenuado da Juiza.

17h32-
Edgar não concordou com roubo feito por Ezequias, diz defesa.

17h27-  Defesa tenta jogar a culpa do roubo em comparsa morto.

17h26- Defesa diz que Edgar não queria morte de Larissa e pede que juri vote “não” pela qualificadora.

17h23- Defesa diz que Edgar responderá pelo crime e tenta tirar qualificadora morte de adolescente das “suas costas”

17h20- Defesa diz que Edgar matou Larissa sem querer porque queria matar homem que fugia.

17h18- Defesa traz laudo da perícia onde diz que tiro em adolescente foi “diferente” do restante.

17h14- Defesa tentar tirar qualificadora de Edgar por ter matado adolescente pelas costas.

17h11- Defesa pede que juri vote “não” pelo motivo torpe e qualificadora pode cair porque motivo fútil não foi citado na acusação.

17H08- Não foi motivo torpe, foi motivo fútil, diz defesa.

17h05 – Se há dúvida da motivação do crime, não há motivo Torpe, diz advogado.

17h04- Defesa reforça que Edgar não matou por dinheiro para tentar desqualificar motivo torpe. 

17h02-  Defesa tenta desbancar terceira qualificadora, o motivo torpe.

17h00-  Defesa diz que não houve “perigo comum” para outras pessoas que pudessem ter sido alvejadas por Edgar.

16h58 – Defesa diz que Edgar não quis matar mãe de criança e esposa de marido executado.

16h55- Defesa pede que juri vote “não” para qualificação de meio cruel contra Edgar.

16h53- Apontar que Edgar se valeu de meio cruel foi engano do inquérito, diz defesa.

16h51- Defesa não busca inocência de Edgar, mas defende a não banalização das qualificadoras.

16h46- Defesa diz que Edgar não se valeu de meio cruel porque a escopeta matou rápido.

16h41- Defesa diz que Edgar não poderia matar mais pessoas além das sete vítimas porque atirou bem perto delas.

16h39- Defesa diverge de “meio cruel” qualificado a Edgar pelo MP.

16h36- Defesa começa a analisar as qualificadoras dos sete homicídios.

16h24- Julgamento retorna com a defesa do acusado alegando que Edgar tenha “a pena justa”.

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ADVOGADO DA DEFENSORIA PUBLICA RICARDO MOSQUEZI
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15h58-
Assistência de acusação pede que juri tenha a “sabedoria de um rei” para julgar os crimes de Edgar.

15h54 – Edgar agiu como o pior dos seres humanos e que aplicou o impeto de matar.

15h50- Assistência de acusação  reforça que Edgar mentiu porque ele voltou a um lugar onde estava sendo ameaçado de morte. É direito dele mentir, mas ele não pode achar que todo mundo é  idiota.

15h48-
Se Erisbelto tivesse uma arma, ele teria reagido, diz a promotoria

15h46- Assistência de acusação diz que Edgar prefere tenta tirar a culpa dele mesmo e que ele mentiu no julgamento, culpando todos os outros, inclusive o seu último advogado.

15H44- Diz que só faltou Edgar culpar as próprias vítimas.

ACUSAÇÃO MP
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15h40- Promotoria encerra trazendo qualificadoras do Ministério Público e pede condenação de Edgar

15h31-
Promotoria diz que Edgar poderia ter matado mais pessoas com os disparos de escopeta.

15h29- Promotoria diz que crime foi premetitado por Ezequias e Edgar.

15h26- Promotoria apresenta qualificações dos sete homicídios feitos por Edgar

15h20-
Promotoria mostra que Edgar havia perdido diversas vezes, e que bola matada por Getúlio foi estopim para execução.

15H17- Promotoria desmente complo acusado por Edgar e mostra em vídeo que estava tudo normal no bar antes do crime.

15h09- Promotoria diz que Edgar mente pra tentar se desvenciliar do crime.

15h05 – Larissa ainda tentou se arrastar, mesmo após ter sido alvejada nas costas.

15h04- Promotoria diz que Edgar quis executar a adolescente.

15h03- Larissa de Almeida Frazão, a criança, morta com um tiro nas costas enquanto tentava fugir.

15h01- Adriano Balbinoti, sexta vítima, morta encostada na parede, tentando fugir. Edgar havia dito que se Adriano não levantasse, ele não morreria.

15H00- Josué Ramos Tenório, quinta vítima, caiu em cima de Getúlio após ser baleado a queima roupa com tiro de escopeta.

14h59-
Elizeu Santos da Silva, quarta vítima, executada de costas para a parede. Disparo do Ezequias foi crucial em sua morte.

14h57- Getulio foi executado praticamente de costa para Edgar. Foram multiplos ferimentos, perfurações no coração e no pulmão e morto ao lado da esposa.

14h56- Erisbelto teve a cabeça estourada por escopeta enquanto estava rendido, com as mãos na cabeça.

14h55- Dono do bar foi derrubado pela escopeta de Edgar e executado com tiro na cabeça por Ezequias.

14H53-
Promotoria mostra vídeo onde Edgar mata sete pessoas a tiros.

14h49- Promotoria mostra imagens do bar após a chacina 

14H45- Edgar levou o dinheiro de pessoas que ele havia acabao de matar .

14h41- Edgar tercerizou a culpa, culpou Ezequias, culpou a droga e tava envergonhado de ser chamado de assaltante, mas não de assassino.

14h40-
Hoje é dia do réu sair daqui com a condenação pelo crime. A esperança do Ministério Público é que hoje haja mais um veredito da Justiça e isso se traduz na condenção do réu.

14h34- Eu tenho a impressão que se esse depoimento continuasse, Edgar diria que foi abduzido. Edgar prefere seguir o caminho do desrespeito e da mentira.

DEBATES: 1ª parte:  Promotor de Justiça Hebert Dias Ferreira
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14h22- Que eu seja julgado em cima da Justiça e não do que estão falando para mim.

14h21- Eu estava cego já no momento que eu errei a bola de sinuca, aquela bola estava morta, não tinha como eu errar, diz Edgar, explicando o que aconteceu momentos antes da chacina.

14h15- Cadê a arma que me ameaçaram? Eles dizem que todos eram santos.

14h12- Diz que o disparo contra Larissa foi acidental porque não conseguia mirar daquela forma.

14h11- Tem mais um cara que sabe de tudo, que eu tenho certeza que não apagou o celular e que vai ter todas as mensagens mostrando a rede de armação contra ele. Em sigilo, eu revelo, diz Edgar.

14h10- Você tinha que ter tomado vergonha na cara e parar de picuinha, você não consegue segurar suas coisas e nem as suas meninas. 

14h08- Eu procurei a Polícia Civil para denunciar o Bruno, mas o policial mandou eu tomar vergonha na cara. Edgar ainda diz que atualmente passa fome e é xingado de vagabundo 24 horas por dia.

14h07-
As sugestas eram feitas para provocar Edgar durante o jogo. “Ele entrega tudo molin molin, igual as meninas”

14h06-
Marcos Vinicius mandou eu inventar as coisas.

14h05- Edgar diz que o advogado Marcos Vinicius só queria divulgar o nome dele na mídia, além disso, o atirador também não foi ouvido pelo novo advogado.

14h03-
Edgar diz que não foi ouvido direito e por isso não denunciou o esquema de clonagem de cartão.

14h01- Ná epoca do crime, Bruno não estava mais clonando o meu celular. Aquilo foi a junção de tudo, eu os matei porque tudo explodiu.

14h00- Ali era o único lugar que ninguém poderia fazer nada por causa da segurança que a facção fazia.

13h59- Eu frequentava o lugar desde 2017/2018, desde o fim do meu primeiro relacionamento. Ele nunca conseguiu tomar meu dinheiro porque eu era malandro igual ele.

13h58- Ninguém procurou saber quem era o Edgar, eu sempre fui o prejudicado.

13h57- Bruno era meu amigo, eu ia para lá porque era viciado em jogo, mesmo com o bar sendo monitorado pelo Comando Vermelho. Todo mundo me respeitava, o crime, a polícia porque eu não mexia com ninguém.

13h55 – Bruno clonava o meu telefone porque ele queria ser eu, mas como ele não conseguia, ele tentou destruir a minha vida. Bruno ainda mandava as meninas para se relacionar comigo para ter o que destruir minha vida. 

13h54- Eu vi Ezequias com a arma rendendo as pessoas e ai a raiva explodiu contra as vítimas e aconteceu.

13h52- Edgar alega que não se lembra do que havia feito. “Você acha mesmo que eu ia jogar minha vida fora por causa de uma partida de sinuca, por dois mil reais, que não paga nem a documentação das minhas armas”.

13h51- Eu tinha paixão por armas, mas só para a caça, eu jamais comprei uma arma com o objetivo de matar alguém.

13h49 –  Eu usei a cocaína e não vi mais nada, só vi quando eu tava na chácara, diz Edgar, explicando que matou as pessoas sob o efeito de drogas.

13h47 – Ezequias me de uma cocaína e eu fui para o banheiro cheirar.

13h46 – Nosso negócio, eu e Getúlio era jogo. Cadê a arma que me ameaçaram? Cadê a namorada de Bruno que não foi depor?

13h42 – Me taxaram como assaltante, isso feriu o meu ego. Eu ia descer para a chácara e coloquei as armas no carro porque sempre encontrava manadas de porcos na fazenda.  Getulio ligou para ele chamou para jogar, insitinto muito. Ezequias o acompanhava. Bruno mandou a foto de um monte de 20 mil. Reclama que não premeditou porque estava com uma caminhonete na reserva e jamais usaria um celta 1.0 para fugir.

13h40 – 
Edgar e Ezequias foram jogar na hora do almoço e após perder dois mil, ele foi embora porque se sentiu afrontado. Ele ainda diz que Erisbelto estava armado e o ameaçou. “Eu sempre quis andar certo, eu nunca tive uma passagem, eu nunca fui um bandido”.

13h38- O jogo sempre foi um hobby, eu não me importava com o dinheiro do jogo. Eu ia no bar e levava 20, 30 mil. Eu não vivia do jogo e não importava.

13h36- Em um sábado anterior à tragédia, Edgar perdeu 11 mil para Bruno. Edgar ainda denuncia  que Kelman não sabia de nada porque ela não era a mulher dele de verdade e sim uma ex.

13h35- Acusou o dono do bar de pagar caixinha para o Comando Vermelho de Sinop

13h33- “Edgar, estão armando contra você”, disse o Ezequias sobre as vítimas para Edgar.

13h30- Acusou que Bruno clonou o celular dele e de tanto problemas, até obras ele a fez perder.

13h29- Acusou que Bruno o ameaçou com uma arma e denunciou que o juri não trouxe uma suposta “Bela” para depor e não apresentou a arma que o ameaçaram.

13h27-
Edgar acusou que Bruno estava falando mal dele e disse que estavam armando um assalto para ele. “Eu e Bruno fomos amigos, amigos de verdade. Eu já acordei as 02h00 para trocar o pneu da caminhonete  porque ele é incapaz”.

13h25- Ezequias chegou e chamou Edgar para jogar e pegou cinco mil reais para jogar. Alegou que tocava várias horas e tinha muito dinheiro e criticou o fato de que estão julgando ele como bandido e dizendo que ele matou por causa de dinheiro.

13h22- Edgar passou as primeiras horas resolvendo questões pessoais. No meio da manhã, Ezequias ligou para ele e falou sobre o jogo. Edgar disse que não ia por que eles (a vítima) estavam confundindo jogo com guerra.

13h21- O julgamento retorna, Edgar fala. Edgar reclama que estão colocando ele como bandido.

11h48- Edgar diz que trabalhou desde pequeno e diz que quer que a Justiça seja feita.

EDGAR, O ASSASSINO
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11h36- Não é só atirar, tem que ter registro, experiência, prática de tiros. Ele tem que ter experiência. Além de ter a experiência dos stands de tiro, ele atirava na chácara e caçava animais.

11h35- Não havia outras câmeras, somente a do bar, que captura o exato momento que Edgar mata as vítimas.

11h33- A perda do dinheiro foi a motivação do crime. Porque a outra motivação, do sarro, é refutada pelas imagens e pelas testemunhas.

11:31- Calmo, tranquilo. Eu nunca tinha visto isso na minha vida e olha que já foram 400 homicídios. Ele atirou nas pessoas fumando, dando a entender que ele tava se deliciando com o crime. É a coisa mais absurda que já presenciamos aí. Ele estava tranqulissimo.

11h29- Quando ele fugiu e abandonou a caminhonete, ele teve o cuidado de esconder a escopeta dentro da caminhonete.

11h27- Era um bairro, havia carros na rua e da forma que ele atingiu a Larissa e a probabilidade dele ter atingido outra pessoa era muito alta e mesmo ele tendo pulado a Raquel no chão, no momento que ele atira no Adriano Balbinoti, um idoso, ele poderia ter alvejado a Raquel.

11h25- A perícia diz que Edgar mirou o tiro na adolescente porque foi no centro das costas, contrária a versão de Edgar que alegou que não queria executar a vítima. Não satisfeito após matar Larissa, Edgar ainda volta ao cadáver de Bruno para atirar mais uma vez, mas a arma não consegue.

11h24- Edgar deixa de atirar em uma das vítimas, para Ezequias executá-la com um tiro na cabeça. Ezequias ainda atira no dono do bar e no pai da criança, mesmo os dois já estando mortos no chão.

11h19 – Edgar comentou que havia chacota das vítimas, mas nas imagens, não foi atestado isso. Edgar ainda tentou dizer que fizeram piada com a mulher dele, mas o vídeo é cristalino e não aparece isso. Edgar tinha conhecimento que o dinheiro era do Getulio e o furta mesmo assim. Era a última bola do Edgar, ele tava com o seu taco profissional,ou seja ele tinha condições de ganhar, mas erra e ai ele vai pegar a sua escopeta, diz o escrivão corroborando a versão do investigador de que o crime foi premeditado.

11h17- Na delegacia, ele continuou culpando as vítimas, dizendo que eram todos vagabundos e contou que  havia perdido R$ 2400 na manhã e na parte da tarde, ele voltou já com a escopeta no carro. Questionado, o homem falou que não premeditou o crime, mas que levou a arma porque queria ir para um sítio depois do jogo. 

11h12- Eu assisti o vídeo da chacina por mais de 30 vezes para fazer o relatório e ver quem fez o que e durante a investigação, Ezequias morreu e Edgar se entregou, com a presença da imprensa e do advogado na viatura. Vale ressaltar que no momento que o advogado entrou em contato, os dois stiradores já estavam com os mandados de prisão. Uma questão interessante, Edgar falou que queria preservar vidas aos jornalistas de Sinop, contudo no caminho da delegacia, Edgar chamou todo mundo de vagabundo, mas ao ser questionado sobre a criança, ele tentou desconversar. 

11h08- Esse crime ocorreu no feriado de carnaval, o plantão atendeu juntamente com a PM. Foi questão aí de uma hora mais ou menos a as forças já tinham a qualificação do suspeito e o vídeo já circulava. Ao passo que a investigação circulava, várias diligências foram feitas para prender em flagrante os suspeitos. As esposas dos dois estavam com a chave de um carro para fugir, mas como estavam sendo vigiadas, não conseguiram ajudá-los a fugir.

Thiago Celestino Pereira, Escrivão de Polícia
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11h00- Enquanto eu corria, eu não olhei para trás e não vi a Larissa correndo. Eu só escutava o grito da mãe, a esposa do Getúlio, gritando “Larissa, Larissa.”

10h57 – Eu havia ido ao bar ver os jogos do getúlio. O ambiente sempre foi familiar, lá tinha campeonato.

10h56- Ezequias enquadrou todo mundo e falou, quem correr vai tomar. Eu nunca havia visto desentendimento entre eles

10h53 – Eu trabalho na vigilância e fico “cabreiro” com esse tipo de coisa, disse Luís ao ver Edgar jogando o taco na mesa.

10h50 – Eles estavam tranquilos, pediram marmita para almoçar. Ninguém zuou, ninguém falou nada.

10h47 – eu ia as vezes e o primeiro jogo que eu vi em Sinop foi do Edgar contra o Getúlio, o primeiro e último.

10h45- Eu chamei um amigo para me ajudar e no carro eu fui abordado pela polícia, que contou que havia acontecido. Voltando com as autoridades, eu vi a minha sobrinha morta.

10h44- Nós estávamos em casa, num dia normal, dai o Bruno ligou e falou que tinha um jogo e fomos convidados. Chegamos lá por volta das 11 horas e lá já estavam o Edgar e o Ezequias. Edgar perdeu, saiu, retornou, chamou Getulio de novo para jogar. Edgar tomou uma bronca do Getúlio e falou para Ezequias, já to indo. Nisso, Ezequias sacou a arma e enquadrou todo mundo. Edgar puxou a escopeta do carro e na hora que eu virei, ele atirou. No segundo tiro, eu corri, nessa hora eu não vi mais nada mais. Eu corri tanto e após fugir, eu liguei para os pais e contei que todos foram mortos.

Luís Carlos, funcionário e amigo de Getúlio.
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10h25 –
O cliente que foi agredido na cabeça por Edgar não estava na data do crime e ela, Kelma, não lembra de quem é.

10h24 – Eu estava no trabalho e minha irmã foi me buscar no serviço após o ocorrido.

10h23 –
Tudo que Edgar pedir, você pode dar e só anota que depois ele paga, disse a mulher lembrando que Edgar e Bruno tinham proximidade.

10h20 – “Minha filha só vive chorando, ela era muito apegada e ele é muito dificil”, disse a mulher aos prantos durante o julgamento. O pai era muito amoroso e se dedicava a cuidar das crianças.

10h19 – Em um dia, Edgar quebrou um taco na cabeça de um cliente. Edgar era explosivo e Bruno precisou intervrir.

10h16 – Nunca houve relatos de conflito entre os envolvidos.  Por volta de meio-dia na data do crime, Bruno enviou um audio à esposa para dizer que ia trabalhar e esse foi o último contato dele com a mulher. A mulher não conhecia Ezequias, mas conhecia as outras vítimas, Adriano só ia beber e Josué passava o dia todo no bar. Florisberto era outra vítima, amigo do Bruno ao ponto que ele o chamava de irmão.

10h15 – Edgar frequentava bastante o bar e onde o Bruno ia para torneios próximos, Edgar o acompanhava.

10h13 – Nós temos dois filhos, uma de 14 e outra de 9. Bruno trabalhava há 10 anos no bar. O bar atraía pessoas de vários lugares quando torneios de sinuca eram realizados.

KELMAN SILVA ANDRADE COSTA, ESPOSA DE MACIEL BRUNO DE ANDRADE COSTA (VÍTIMA)
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10h08 – O chip onde a gravação estava registrada tem apenas 32 gigas e somente registrou a tarde do crime. 

10h06 – Eu frequento o grupo de oração da catedral e já o vi (Edgar) algumas vezes.

10h04 – “Você matou uma criança de 14 anos, ela também é vagabunda?” Em resposta, Edgar disse que errou o tiro.

10h02 – Nenhum dos clientes tem passagem.

10h00 – O que nós concluímos é que Edgar só matou por causa do prejuízo material, pois não havia sinais de “gozação” das vítimas contra os suspeitos.

09h58 – A arma que Edgar usou estava municiado com bala para curta distância, por isso as perfurações em diversas partes do corpo das vítimas.

09h56 – Durante a condução à delegacia, Edgar disse que os clientes estavam entrando na mente dele, contudo não observamos nenhuma animosidade

09h54 – Ele matou as vítimas fumando cigarro, demonstrando “naturalidade”.

09h50 – Eles conseguiram as imagens um dia depois. Na delegacia, Edgar disse que só ia falar em Juízo. No dia do crime, Edgar perdeu R$ 4 mil durante a manhã e a tarde, voltou já premeditado para matar os seus desafetos. A Polícia acha que errou de propósito e sai, passa pelo Ezequial “a hora é essa”, ele vai para a caminhonete. Ezequias enquadra todo mundo e Edgar vem com a caminhonete, mata o dono do bar e continua atirando  e o último tiro foi na criança. Após isso, Edgar pega o dinheiro, Ezequias pega o dinheiro das vítimas e fogem.

09h47 – No fim do dia 22, localizaram a s10 do Edgar, com a escopeta dentro do veículo. Edgar falou que dispensou uma pistola em um rio e a arma foi localizada.

09h44 – Ele foi preso em uma casa no Jardim California, na casa de um amigo e encaminhamos ele à delagacia. O Edgar e o advogado no banco de trás. “Todos aqueles que ele matou não valiam nada, todos vagabundos e que mereciam morrer. A menina não era pra matar. Você não é um amador, você sabia que atirar ia acertar”, ele ficou quieto.

09h43 – Na noite daquele mesmo dia, o “Advogado Ostentação” falou que o cara ia se entregar. O advogado Braulio falou com a mãe do Edgar e pediu para ele se entregar, mas o advogado já agilizou a entrega. Exigências, ele quer a presença da imprensa e ele, quer também que o advogado o acompanhe na viatura até a delegacia.

09h41 – As esposas estariam ajudando na fuga em um carro, o veículo foi apreendido na casa da mãe. Em mais uma casa, os policiais foram à caçada, mas no local só foram localizados pertences pessoais, indicando que eles haviam passado por lá. Com a equipe do Bope auxiliando, outra denúncia levou os policiais até um rio onde eles haviam sido vistos, Ezequias foi localizado, entrou em confronto e morreu após ser levado ao regional.

09h37- Por se tratar de um crime sobre uma barbárie muito grande, a informação começou a se espalhar. Estava de folga e começaram a trabalhar. Uma hora depois, eles já tinham o nome dos caras. Fugiram em uma caminhonete e começaram a ser caçados. Várias denuncias chegaram e no assentamento 12 de Outubro, os policiais foram fazer a primeira busca. Na manhã do dia 22, o pessoal da Homicídios começou a investigar diretamente. Eles foram até a casa de um tio, conhecido há anos pelo policial e o tio liberou a entrada. Tio do Edgar incentivou a prisão do suspeito: ‘se ele fez, ele tem que pagar’.

WILSON CANDIDO DE SOUZA, INVESTIGADOR DA POLICIA CIVIL
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09h29 – Ela não tinha conhecimento de brigas do Edgar com os clientes. Ezequias mandou a mulher ficar no chão. Edgar não falou nada para ela. Ezequias apontou a arma para ela e tentou atirar nela no momento que tentou pegar a bolsa dela. “Eu só não morri porque a bala acabou”

09h27 – A tv estava ligada no bar sem som e ela não prestou atenção na conversa da vítima. A mulher já havia ido ao bar e já tinha visto Edgar no bar e lembra dele ter jogado antes e perdido. Ela só conhecia o Edgar de vista.
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09h25 –
Que ele fique preso, que ele pague pelo que ele fez. Ela não vai mais voltar, mas ele ficando preso.

09h24  – A criança era tudo pra ela, no outro mês ia fazer aniversário.

09h23 – Eu tinha os dois e agora eu não tenho mais ninguém. Não tenho mais ninguém comigo.

09h21 –
Ninguém debochou deles, ninguém fez nada contra os atiradores.

09h17 – “Não mãe, eu não posso ficar aqui, me socorre”. A mulher chorou e viu a criança correr, Edgar mandou todo mundo ficar no chão, a mulher ficou no chão enquanto a criança corria e Edgar atirava nas vítimas. Ezequias mandou todo mundo ficar no chão. A bolsa com dinheiro estava com a Raquel e os bandidos pegaram a bolsa, que estava com os celulares da vítima.

09h16 – Raquel diz que foi um momento muito difícil. Raquel chora durante o julgamento. Raquel ouviu Edgar “Manda todo mundo ir pra parede”.

09h12 – Raquel chamou Getulio para ir embora no momento. Ele ja havia ganhado R$ 2 mil do Edgar ainda pela manhã. Eles ficaram jogando normal enquanto estavam sentados no local. “E aí eles perderam e por inveja cometeram o crime, porque eles não sabiam jogar. Eles não sabiam perder”.

09h07 – Raquel Gomes de Souza, foi um dia muito difícil, a gente foi para esse bar. A gente foi pela manhã, acompanhada da Larissa e do Getulio. Não costumava frequentar, pois não moravam lá. Ele (Getulio) jogava apostado e conhecia o Edgar (assassino), eles jogavam juntos e na data do crime, eles haviam jogado apostado, mas a quantia a mulher não lembra. Eles haviam jogado sábado e domingo, antes do crime. Edgar e Ezequias, o outro atirador também estava. EDGAR FICOU DEBOCHANDO DO GETÚLIO ANTES DA MORTE.

09h05 – Raquel Gomes de Souza, mãe da vítima de 12 anos, começa a depor e diz que não se sente confortável em estar na presença do assassino de sua filha e marido.

RAQUEL GOMES DE SOUZA, MÃE DA CRIANÇA E QUE SOBREVIVEU A CHACINA.

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TEXTO ORIGINAL

Ainda nas primeiras horas desta terça-feira (15), Edgar Ricardo de Oliveira, conhecido pelo terrível episódio da Chacina de Sinop, começará a ser julgado. O julgamento ocorre no fórum da Comarca de Sinop, 1 ano e 8 meses depois do crime. Edgar está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e acompanha o julgamento de forma virtual. O assassino será julgado pelo Tribunal do Júri.

O julgamento é presidido pela juíza Rosângela Zackarkim dos Santos e a defesa de Edgar patrocinada pela Defensoria Pública Estadual, que está presente no fórum.

Edgar está preso desde fevereiro de 2023 pelo crime, o qual cometeu junto com o amigo Ezequias Souza Ribeiro, morto em um confronto com militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Edgar permaneceu escondido durante alguns dias e se entregou aos policiais no dia 23 de fevereiro de 2023, dois dias após o sangrento episódio.

O atirador chegou a ficar preso no Presídio Ferrugem, em Sinop, mas foi transferido para Cuiabá por motivos de segurança. Na PCE, o acusado teria sido agredido por agentes penitenciários.

Relembre o caso aqui.

ACOMPANHE O JULGAMENTO.



Estadão MT