Autor de chacina é condenado a mais de 136 anos de prisão
O Tribunal do Júri condenou o réu Edgar Ricardo de Oliveira a 136 anos, 3 meses e 20 dias de prisão pela chacina que deixou sete mortos em fevereiro do ano passado, em Sinop.
O julgamento, realizado no Fórum do Município, teve início na manhã desta terça-feira (15) e encerrou por volta das 21h.
A chacina, que chocou o País, ocorreu no dia 21 de fevereiro do ano passado durante uma disputa de sinuca em um bar da cidade.
Do crime também participou seu comparsa Ezequias Souza Ribeiro, que não foi a julgamento porque acabou morto por policiais militares um dia depois da chacina.
Morreram Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, a filha dele, de 12, Orisberto Pereira Sousa, de 38, Adriano Balbinote, de 46, Josué Ramos Tenório, de 48, Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35, e Elizeu Santos da Silva, de 47.
Durante seu interrogatório, Edgar alegou que Maciel Bruno, dono do bar, vivia armando contra ele e, inclusive, estaria planejando roubá-lo.
No dia dos fatos, disse que Maciel Bruno e as vítimas Getúlio, Orisberto, Josué e Elizeu fizeram provocações e ameaças contra ele durante as partidas.
Já sobre a vítima Adriano, alegou que se tivesse ficado sentada não teria morrido. E afirmou que o disparo contra a filha de Getúlio, foi acidental.
O promotor de Justiça Herbert Dias Ferreira chamou de “um absurdo” as “mentiras” contadas por Edgar, afirmando que a chacina foi “uma das maiores barbaridades que já cometeram em Mato Grosso”.
Helbert frisou que não há outra motivação para o crime senão a perda de dinheiro no jogo de sinuca.
“Eu confesso que fiquei até um pouco incrédulo com o que ouvi aqui. Eu imaginei que ele fosse se arrepender, apresentar alguma versão crível, justa, mas fez aquilo que a gente sempre diz aqui em plenário: ou nega ou terceiriza a responsabilidade dele. Hoje a responsabilidade foi de quem? Foi de Ezequias, da droga. Ninguém morre de graça, ele disse”, afirmou o promotor no julgamento.